Advogado e tabelião são investigados por envolvimento em esquema de falsificação e desvio de documentos públicos em Sete Lagoas e BH

Na ação, foram apreendidos selos, carimbos e escrituras "aparentemente falsificadas". Os investigados podem pegar pena de até 17 anos de prisão.

Na ação, da Polícia Civil, foram apreendidos selos, carimbos e escrituras aparentemente falsificadas. — Foto: Cristiane Leite/ TV Globo

Uma quadrilha suspeita de envolvimento em falsificação de documentos públicos em Belo Horizonte e em Sete Lagoas foi alvo de operação da Polícia Civil nesta quinta-feira (12). Na ação, foram apreendidos selos, carimbos e escrituras “aparentemente falsificadas” em cumprimento de três mandados de busca e apreensão. Ninguém foi preso.

Segundo a Polícia Civil, dois investigados trabalhavam em cartórios como tabelião e escrevente, mas foram destituídos dos cargos. Outro se passava por advogado, mas não tinha diploma.

Os suspeitos podem responder pelos crimes de estelionato, falsificação de documento público, apropriação indébita, usurpação de função pública. A pena pode ser até 17 anos de prisão.

Como agiam

A gravidade dos fatos, de acordo com a polícia, consiste em desviar documentos públicos verdadeiros dos cartórios e tribunais de Justiça de Minas Gerais para falsificar escrituras e lesar clientes e estabelecimentos.


Durante a coletiva, a Polícia Civil explicou que a primeira vítima já identificada é uma cliente que contratou um homem que se passava por advogado para fazer o inventário de um imóvel da família.

No momento do registro, o cartório identificou que o profissional não tinha mais autorização legal para realizar os procedimentos.


A polícia já identificou quatro cartórios que tiveram o nome usado indevidamente. Os investigadores acreditam que haja mais vítimas e orientam que, antes de contratar um advogado, é necessário fazer a consulta no site da Ordem dos Advogados de Minas Geras (OAB-MG), além de procurar profissionais e empresas com referência.

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