Paulo Henrique Pardim de Oliveira, um dos acusados de envolvimento na morte do fisiculturista Allan Guimarães Pontelo, e Sete Lgoas, deve ser julgado na manhã desta quinta-feira (26), no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. A previsão é que o julgamento comece às 8h40, no 3º Tribunal do Júri.
O fisiculturista foi morto aos 25 anos, após ser agredido por seguranças de uma boate, localizada na Região Oeste, em 2017.
De acordo com advogado da família de Allan, Geraldo Magela de Carvalho Lima, o réu era segurança freelancer da boate e se passava por policial civil. Segundo ele, o acusado teria dado guarida aos outros seguranças da boate. Lima espera que Paulo Henrique receba uma pena semelhante à dos réus já condenados.
Segundo a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), ele está preso no Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A defesa de Paulo Henrique nega que ele se passasse por policial. No julgamento, o advogado Ramon dos Santos disse que vai defender a tese de negativa de autoria. Ele sustenta que o cliente não estava presente no momento em que o fisiculturista foi agredido com um mata-leão porque teria saído para avisar ao gerente que os colegas teriam encontrado droga com Allan.
A família do fisiculturista diz que os entorpecentes não eram da vítima.
Nesta semana, parentes instalaram dois outdoors na cidade de Contagem. Os painéis são uma forma de a família pedir justiça, cobrar a condenação de todos os envolvidos e ainda demonstrar revolta com o caso.
Segundo o advogado da família, além de Paulo, Carlos e Willian, outros dois acusados respondem pelo crime: Fabiano Leite e Delmir Dutra. Segundo a assessoria do Fórum Lafayette, ainda não há data para que sejam julgados.
O crime
De acordo com a denúncia, o fisiculturista foi abordado pelos seguranças William e Carlos e levado para uma área restrita da boate para que fosse revistado.
Como consta na sentença que decidiu que os réus iriam a júri popular, a promotoria argumenta que, como a vítima teria se recusado a se submeter a revista, com cobertura e apoio dos outros acusados, os seguranças “passaram a espancá-la violentamente, desferindo-lhe empurrões, socos e chutes, imobilizando-a e estrangulando-a até a morte”.