Segurança acusado de matar fisiculturista de Sete Lagoas em BH é condenado a 11 anos de prisão

Os jurados reconheceram duas qualificadoras, o meio cruel e a utilização de recursos que impediu a defesa da vítima

O segurança Paulo Henrique Pardim de Oliveira, indiciado há três anos pela morte do fisiculturista sete-lagoano Allan Guimarães Pontelo, na época com 25 anos, foi condenado a 11 anos de prisão após julgamento nesta quinta-feira (26). O crime ocorreu setembro de 2017 na casa de shows Hangar 677, no bairro Olhos D’Águas, região Oeste de Belo Horizonte.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), os jurados reconheceram duas qualificadoras, o meio cruel e a utilização de recursos que impediu a defesa da vítima. Eles também reconheceram a menor participação do acusado fato que reduziu a pena dele de 16 para 11 anos. A sentença foi fixada pela juíza Fabiana Cardoso Gomes Ferreira e o réu continuará preso.

“Mais uma luta encerrada. Eu só procuro por Justiça. Qualquer pena sempre vai ser pouco para mim, mas eu não estou aqui para questionar o judiciário. O que eu queria era a verdade, por que além de matarem meu filho ainda denegriram a imagem dele falando que ele estava com droga”, disse o pai do fisiculturista, Dênio Pontelo, de 50 anos.

Outros dois seguranças já tinham sido condenados 

Em agosto deste ano já tinham sido condenados a 16 anos e seis meses de prisão em regime fechado os seguranças William da Cruz e Carlos Felipe Soares por causa da morte do fisiculturista.




Na época, o conselho de sentença entendeu que os dois seguranças foram responsáveis pela morte do fisiculturista.

De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os seguranças levaram a vítima para uma área restrita para uma revista onde o fisiculturista foi espancado, com socos e chutes, imobilizado e estrangulado até a morte.


O laudo de necropsia apontou como causa da morte “asfixia mecânica por constrição extrínseca do pescoço”, além de diversas lesões no corpo. Outros dois suspeitos do crime, um gerente da casa de shows e um policial militar ainda serão julgados, no entanto, não há data para que isso ocorra.

VIARedação
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