Falsificadores de cigarro são presos em Sete Lagoas

De acordo com a Polícia Civil, as investigações serão encerradas em 10 dias. Ainda será apurado a quantidade de cigarros apreendidos e qual seria o lucro obtido pelos homens. Foto: Divulgação PCMG

Dois homens foram presos em flagrante por falsificação e fabricação imprópria de cigarros de palha em Sete Lagoas.

A polícia chegou até a dupla após uma empresa de cigarro de palha da região denunciar o sumiço de embalagens do produto, e a suspeita a respeito do roubo e a falsificação do cigarro; já que o faturamento do último mês da empresa apresentou queda de 50%.

As prisões aconteceram nas residências dos envolvidos na última terça-feira (22). O resultado preliminar da investigação foi apresentado nesta quarta-feira (23) pelo Departamento Estadual de Operações Especiais (deoesp).

Um dos homens era ex-funcionário da empresa e o outro tinha contato com a produção do material, ele era denominado ‘homem de confiança’ da empresa.  Devido ao fácil acesso ao material, eles roubavam os maços vazios do produto e acrescentavam cigarros falsificados. Desse modo, no momento da venda eles conseguiam despistar a polícia e os consumidores.

Na casa dos homens, foram encontrados os maços vazios que eram roubados, e maços com marcas criadas pelos criminosos. Foi constatado que eles também produziam ilegalmente cigarro de palha – sem as devidas autorizações de órgãos reguladores. “Nós conseguimos contabilizar pelo menos quatro marcas de cigarros que eram inventadas pelos homens. Eles criaram essas marcas não as registraram, e não contribuía tributariamente para a manutenção delas. Além disso, eles colocavam o cigarro de qualidade duvidosa no mercado, porque para isso é necessário um registro na Anvisa e de outros órgãos; eles também lesavam a saúde das pessoas que consumiam o produto”, pontuou a delegada Fabíola Oliveira.

Possibilidade de trabalho escravo 

A dupla ainda contava com a ajuda de três mulheres que eram responsáveis por produzirem manualmente o cigarro. Elas recebiam R$ 50 a cada mil cigarros fabricados.  As mulheres não tinham vínculo empregatício e ganhavam por produção. A polícia ainda vai apurar se a forma de trabalho se caracteriza como situação análoga à escravidão. “Elas recebiam material para produzir de quatro a oito mil cigarros de forma manual, sem seguirem nenhum protocolo. Elas não mantinham nenhum vínculo empregatício com os envolvidos.  Não vamos descartar a possibilidade do trabalho escravo, mas ainda vamos realizar mais investigações”, detalhou a delegada.

Mais investigações 

  De acordo com a Polícia Civil, as investigações serão encerradas em 10 dias. Ainda será apurado a quantidade de cigarros apreendidos e qual seria o lucro obtido pelos homens.

Prisões 

 Até o momento, os homens vão responder pelos crimes de furto qualificado por abuso de confiança, receptação qualificada, crime contra a ordem pública, crime contra a ordem tributária, crime contra o consumidor e contra a saúde pública.

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