Paralisação dos tanqueiros já provoca falta de combustíveis em alguns postos de Belo Horizonte

Paralisação dos tanqueiros já provoca falta de combustíveis em alguns postos de Belo Horizonte

Já falta combustível em postos de Belo Horizonte, reflexo da paralisação dos tanqueiros iniciada nessa quinta-feira (21) na Grande BH.

A paralisação causa impactos imediatos: além da falta de combustível, vários postos têm filas e alguns já aumentaram os preços.

O frentista de um posto localizado na avenida dos Andradas, região hospitalar de Belo Horizonte, disse que gasolina, etanol e diesel acabaram na noite dessa quinta-feira (21) e não há previsão para reabastecimento.

“Hoje, quando chegamos aqui, já não tinha produto nenhum. Infelizmente, a gente informa o motorista, principalmente o de aplicativo, que não tem. Também não temos previsão de quando vai chegar”, disse o frentista João Fernandes.

Onde ainda tem combustível, motoristas precisam enfrentar longas filas para conseguir abastecer. É o casos de postos localizados na avenida Tereza Cristina, região Noroeste da capital mineira.

O Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sinditanque) informou na noite dessa quinta (21) que a paralisação “continua por tempo indeterminado, até que os governos federal e estadual abra negociação com o setor.”

O Sinditanque também cobra o governo de Minas por redução do ICMS. No entanto, o governo Zema garante que o imposto estadual não teve reajuste e que só pode baixar por decisão unânime de todas as secretarias estaduais de Fazenda.

Preços

De janeiro a setembro desse ano, os preços de revenda registraram aumentos de 28% no diesel, 32% na gasolina e 27% no GLP, segundo o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (INEEP). A perspectiva é de manutenção dessa tendência de alta devido às flutuações no preço internacional do barril de petróleo.

O litro do diesel S-10, com menor teor de enxofre, alcançou em outubro maior preço médio mensal real (descontada a inflação) da última década, sendo vendido a R$ 5,033. Os dados são do Monitor dos Preços dos Combustíveis, lançado dia 5 pelo Observatório Social da Petrobras (OSP). Esse valor está 23% acima da média da série histórica, iniciada em 2012, quando a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) passou a contabilizar os preços do S-10.

Prejudicados pela disparada do preço, caminhoneiros planejam no paralisação, enquanto o presidente Jair Bolsonaro promete ajuda federal ao trabalhadores autônomos. O valor dos combustíveis no Brasil é baseado no mercado internacional, na cotação do dólar.

VIARedação
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