Ômicron: entra em vigor restrição a seis países africanos

A medida vale para viajantes provenientes da África do Sul,de Botsuana, do Lesoto, da Namíbia, do Zimbábue e de Eswatini (ex-Suazilândia)

Entra em vigor nesta segunda-feira (29), nos aeroportos brasileiros, a restrição de desembarque de viajantes provenientes de seis países africanos para evitar que a nova variante do Covid-19, a ômicron, comece a circular rapidamente no país.

A medida vale para passageiros provenientes da África do Sul, de Botsuana, do Lesoto, da Namíbia, do Zimbábue e de Eswatini (ex-Suazilândia).

Vôos desses países estão supensos temporariamente. O brasileiro que esteve em ao menos um desses países poderá entrar no Brasil, mas deverá permanecer em quarentena, por 14 dias, na cidade do seu destino final.

Em Nota Técnica Complementar emitida neste domingo (28), a Anvisa alertou para a possibilidade de extensão de restrições de acesso de estrangeiros de países afetados pela nova variante, considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como “preocupante”, para outros países. E citou nominalmente Bélgica, Israel e o território autônomo chinês Hong Kong. As restrições são para estrangeiros provenientes desses países por meio aéreo, rodoviário ou aquaviário.

Ainda nesta segunda-feira, o governo brasileiro deve avaliar a extensão das restrições, pedidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para outros quatro países africanos: Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia.

Cientistas ainda analisam periculosidade da Ômicron

A OMS, que denominou a nova variante B.1.1.529, de origem sul-africana, de ômicron, acrescentou no novo comunicado que pesquisadores na África do Sul e em todo o mundo estão fazendo estudos para entender melhor muitos aspectos.

Quanto à transmissibilidade, a OMS garante que ainda não está claro se o ômicron é mais transmissível (por exemplo, mais facilmente espalhado de pessoa para pessoa) em comparação com outras variantes, incluindo Delta.

O número de pessoas testando positivo aumentou em áreas da África do Sul afetadas por esta variante, mas estudos epidemiológicos estão em andamento para entender se é por causa de ômicron ou outros fatores.

Também ainda não há dados técnicos que analisem a gravidade da doença, como se a infecção com ômicron causa doença mais grave em comparação com infecções com outras variantes, incluindo Delta.

Dados preliminares sugerem que há taxas crescentes de hospitalização na África do Sul, mas isso pode ser devido ao aumento do número global de pessoas que estão infectadas, em vez de um resultado de infecção específica com ômicron, diz a OMS em sua atualização. Não há informação que sugira que os sintomas associados ao ômicron sejam diferentes dos de outras variantes.

As infecções iniciais relatadas foram entre os estudantes universitários-indivíduos mais jovens que tendem a ter uma doença mais leve — mas compreender o nível de gravidade da variante de ômicron levará dias a várias semanas.

Todas as variantes do Covid-19 — incluindo a Delta que é dominante em todo o mundo —, podem causar doenças graves ou morte, em particular para as pessoas mais vulneráveis, e assim a prevenção é sempre fundamental.

Eficácia da infecção anterior por Sars-CoV-2

Evidências preliminares sugerem que pode haver um risco aumentado de reinfecção com — (ou seja, pessoas que já tiveram Covid-19 poderiam se tornar reinfectadas mais facilmente com —), em comparação com outras variantes de preocupação, mas a informação é limitada. Mais informações sobre isso estarão disponíveis nos próximos dias e semanas.

Em relação a eficácia das vacinas, a OMS diz que estão sendo desenvolvidos estudos com parceiros técnicos para compreender o potencial impacto desta variante, incluindo vacinas. As vacinas continuam a ser fundamentais para reduzir a doença grave e a morte, incluindo contra o vírus dominante em circulação, Delta. As vacinas atuais mantêm-se eficazes contra a doença grave e a morte.

Anvisa identifica brasileiro vindo da África com Covid

A Anvisa informou que um passageiro brasileiro com passagem pela África do Sul e que desembarcou em Guarulhos no último sábado (27), em um voo da Ethiopian Airlines, testou positivo para Covid-19. Ele chegou ao Brasil com teste negativo, assintomático.

Após a identificação e testagem com resultado positivo para ovid-19, o paciente foi colocado em isolamento e já cumpre quarentena residencial. Os órgãos de saúde estadual e municipal passam a fazer o monitoramento do caso. O Ministério da Saúde acompanha o caso.

VIARedação
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