Aproximadamente 11 tremores foram sentidos no intervalo de 48h em Sete Lagoas

Foto: Tecle Mídia

Os moradores de Sete Lagoas têm vivido momentos de terror nos últimos dias com os tremores de terra que vem acontecendo. Em apenas dois dias aproximadamente 11 tremores foram registrados pelos moradores da cidade.

No domingo (29), ocorreram 6 abalos sísmicos às 17h45, 19h30, 22h50, 22h52 e 23h22, mas apenas um foi notificado pelo Observatório Sismológico às 22h35, registrando 1.7 na escala richter.

Já nesta segunda-feira (30), 5 tremores foram relatados pelos moradores da cidade, dois seguidos por volta das 11h, 12h07, 13h19, 13h59, 15h03 e às 21h39. Até o fechamento desta reportagem, às 10h06, não havia registros dos abalos ocorridos na segunda.

OBS: Os horários informações foram relatados por moradores de diferentes bairro.

POSICIONAMENTO DA PREFEITURA A RESPEITO DESSA SITUAÇÃO.

Ao perceber o aumento da frequência dos tremores, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Turismo (Semadetur) de Sete Lagoas e a Defesa Civil do Município agiram rápido. No dia 23 de maio, o secretário Edmundo Diniz protocolou ofício endereçado ao chefe do Observatório Sismológico da UnB, pesquisador Dr. Marcelo Peres Rocha, e aos professores Dr. Marcelo Bianchi, Dr. Marcelo Assunção e Dr. José Roberto, do Centro de Sismologia da USP, solicitando cooperação para estudos e informações a respeito dos abalos sísmicos em Sete Lagoas.

“Esta solicitação é no sentido de que façamos um estudo mais aprofundado e tenhamos aqui uma central de monitoramento remoto para buscarmos a verdade sobre o que está acontecendo e mais, para que nos programemos junto com a população para possíveis ondas de abalos”, afirma o secretário municipal de Meio Ambiente, Edmundo Diniz. Segundo ele, o primeiro tremor já foi identificado. “Ocorreu por um rompimento de uma caverna subterrânea, abalando outras cidades como Curvelo e Prudente de Morais”.

O secretário esclarece ainda que a Prefeitura está buscando junto às maiores universidades do país, que têm expertise no assunto, a certeza do que vem ocorrendo e também a solução. “Estas universidades nos darão suporte para as melhores decisões do ponto de vista científico. Sete Lagoas está montando uma força tarefa com as universidades federais locais, Embrapa e professores de Geologia para, em breve, com a USP e a UNB, anunciarmos a motivação dos abalos sísmicos e as eventuais soluções que tomaremos em um curto espaço de tempo”, completa o secretário.

Defesa Civil

De acordo com o comandante Andrade, da Guarda Civil Municipal e também coordenador da Defesa Civil do Município, várias visitas estão sendo feitas aos bairros com maiores queixas de tremores para colher informações junto aos moradores. “São abalos de baixa magnitude. Por enquanto não há motivo para entrar em pânico. A questão é a grande frequência com que esses sismos vêm ocorrendo, mas ainda é muito prematuro associar isso à ação de alguma empresa. Assim que obtivermos notícias, estaremos informando”, afirmou o coordenador.

Comandante Andrade dá ainda dicas aos moradores em caso de novos tremores. “Após algum abalo, verifique as estruturas da residência, se há trincas, se há alguma dificuldade em abrir e fechar as portas e, em caso de notar alguma diferença, que faça contato imediatamente com a Defesa Civil do Município pelo telefone 153”, completa. Paralelamente, a Defesa Civil do Estado de Minas Gerais também solicitou estudo à Unimontes em relação aos seguidos tremores de terra em Sete Lagoas. O órgão estadual ficou de emitir um relatório preliminar da situação geológica do município até a próxima quarta-feira, 1° de junho.

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