Marceneiro que cobrava adiantado e não entrega obras é preso

Polícia Civil deu coletiva sobre o caso. — Foto: Videopress Produtora

A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu preventivamente um marceneiro de 35 anos que é investigado pelo crime de estelionato. Segundo a apuração, o suspeito causou um prejuízo total de R$ 10 mil em pelo menos 13 vítimas que já foram identificadas.

De acordo com a delegada Vanessa Martins, as vítimas, em sua maioria, eram pessoas de baixo poder aquisitivo que contratavam o serviço orçado por valores bem abaixo da média.

“A marcenaria onde ele prestava serviço fica no bairro Juliana. Eram vítimas de um perfil diverso, mas na maioria das vezes gente simples”, esclarece.

Na marcenaria onde trabalhava, o suspeito conseguia captar clientes que eram enganados pela promessa de móveis planejados a baixo custo. Além disso, o homem também conseguia clientes através de indicações e por uma página que mantinha no Facebook.

Após receber o adiantamento, o marceneiro alegava problemas pessoais e remarcava novas datas para entrega, que nunca eram cumpridos. Por muitas vezes, ele até bloqueava as vítimas que o cobravam pelo Whatsapp.

“Houve uma primeira que vítima representou contra o indivíduo e foi constatado que havia várias ocorrências com ele. Foi juntado em uma única investigação, as vítimas foram ouvidas, e foi unânime que ele recebia 50% por pix ou transferência e 100% no cartão de crédito e não cumpria o serviço e até bloqueava no Whatsapp”, explicou o delegado Henrique Miranda.

Se enrolou

Apesar de estar foragido desde abril do ano passado, o suspeito só foi preso na última quarta-feira (8).

De acordo com a Polícia Civil, o marceneiro se escondia dos clientes, sabendo que seria cobrado pelos golpes.

“Ele mudava constantemente o número de telefone, o que dificultava o contato com as vítimas, e também mudava de endereço direito, o que dificultava na localização”, diz Miranda.

Após a prisão, o homem alegou que se enrolou nos últimos anos, e que utilizava o dinheiro de serviços pagos para arcar com os cursos de outros móveis contratados.

O inquérito segue em aberto para identificação de outras possíveis vítimas. Investigado pelo crime de estelionato, o marceneiro pode cumprir de 1 a 5 anos de prisão, que podem ser somadas para cada crime cometido.

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