Suspeita de matar a mãe e a filha quase explodiu 140 apartamentos em BH

Avó e neta foram encontradas mortas em apartamento — Foto: Videopress Produtora + Divulgação / Corpo de Bombeiros

“Se não tivéssemos chamado os bombeiros, todos os 140 apartamentos poderiam ter explodido, já que o gás estava ligado há muito tempo. Uma fagulha poderia ter matado todo mundo”. As palavras de Adriano Pereira dos Santos, de 40 anos, o síndico do prédio onde os corpos de uma mulher e uma criança, de 9 anos, foram encontrados, nessa quarta-feira (15), mostram que a tragédia ocorrida em Venda Nova poderia ter sido ainda pior. Foi ele quem acionou o resgate quando foi notificado pelos condôminos pelo odor de gás saindo do apartamento das vítimas.

Ainda estarrecido pelo ocorrido com as vizinhas, ele se sente aliviado por ter conseguido salvar a vida dos outros moradores do prédio. “No fim, mesmo em meio essa tristeza, agradeço a Deus por isso não ter acontecido”, diz. A tristeza em que ele se refere é pela morte prematura de uma criança de 10 anos e da avó dela, de 67 anos. A principal suspeita de ter cometido o crime era filha da idosa e mãe da criança. Ela chegou a assumir a autoria dos assassinatos para a Polícia Militar logo após ter sido socorrida desacordada em função da inalação de gás de cozinha.

Adriano acompanhou a entrada dos militares na moradia e, segundo ele, ouviu dos bombeiros que o local, composto por 140 apartamentos, poderia ter explodido em função do gás ter ficado aberto por tanto tempo.

O síndico conta que, antes de chamar o resgate, ele tentou contato com a idosa, dona do apartamento. Como não obteve sucesso e temendo uma explosão no prédio Adriano acionou imediatamente os bombeiros.

No momento que os militares chegaram, Adriano os acompanhou até o apartamento munido com uma cópia da chave do local, que fica na administração do prédio.

No hora que os bombeiros tentaram abrir a porta se depararam com um obstáculo, o sofá estava bloqueando a entrada ao imóvel. De forma imediata o militar solicitou o auxílio de outros bombeiros porque teria suspeitado que algo incomum teria ocorrido no imóvel.

“Na hora que os bombeiros retiraram o sofá da porta, a chave que estava em cima do móvel caiu no chão. Eles me pediram para acompanhá-los porque não possuíam um mandado. Na hora que entramos no apartamento, nos deparamos com a agressora deitada, já desmaiada em cima do fogão com o gás ligado. Quando fomos no quarto vimos o corpo da dona da casa enrolado em um lençol no chão. No outro quarto estava o corpo da menininha na cama. Nem sei o que senti no momento: uma tristeza acompanhada de uma descrença. Demorei para acreditar na tragédia que estava vendo”, descreveu o síndico.

A suspeita de cometer o duplo homícídio, é uma mulher, de 34 anos. Ela confessou ter assassinado a própria mãe e a filha asfixiadas, segurando-as pelo pescoço. Ela teria cometido os crimes após ter sido tomada por um sentimento ruim que a teria impulsionado,  durante uma brincadeira, a matar primeiro a mãe. Na sequência, ela teria matado a filha. Após cometer os crimes a suspeita tentou se matar por inalação de gás. A mulher está internada no Hospital João XXIII. A Polícia Civil investiga o caso.

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