
O adolescente de 16 anos que confessou ter iniciado o incêndio no Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG) compareceu à audiência com sua mãe na tarde desta quinta-feira (23), onde foi ouvido pelo Juizado da Infância e da Juventude, Ministério Público e Defensoria Pública de Minas Gerais. Após o depoimento, o jovem foi liberado para retornar para casa.
Na quarta-feira (22), o aluno contou aos policiais que sentiu “peso na consciência” após acompanhar os desdobramentos do incêndio e, por isso, procurou a Polícia Militar para relatar o ocorrido. Ele explicou que estava fumando com um colega e descartou o cigarro em um local onde algumas carteiras estavam empilhadas e cobertas por material plástico. Segundo o estudante, não houve intenção de causar os estragos e o incêndio teria sido acidental.
O Ministério Público informou que o processo investigativo retornará à Delegacia de Polícia Civil responsável para que novas investigações sejam realizadas, já que se mostraram necessárias após a audiência. A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) comunicou que todas as 40 vítimas do incêndio já receberam alta do Hospital João XXIII, e não havia nenhum caso grave entre os pacientes atendidos.
O incêndio, que começou em uma sala de aula e ficou confinado em dois ambientes, foi controlado pelos bombeiros. A escola, fundada em 1906 e uma das mais tradicionais de Belo Horizonte, foi esvaziada. A instituição estava em processo de regularização para a obtenção do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), com projeto aprovado e ajustes em andamento, o que não impedia seu funcionamento.
A Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG) afirmou que projetos para reforma e restauração completa do prédio estão em fase de orçamento. As aulas retornarão na próxima segunda-feira (27), mas parte das atividades será realizada em um prédio próximo até que as obras de restauração sejam finalizadas.
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