Samuel viajou para o Sul do Brasil para procurar os 44 veículos vendidos a uma concessionária gaúcha. Ao chegar em Novo Hamburgo, o mineiro não encontrou todos os carros, momento em que enviou o primeiro áudio à namorada.
“Aqui, você acredita que os carros não estão aqui? Acabei de chegar aqui, tem só alguns carros aqui só. Ai meu Deus do céu, sabia que tinha alguma coisa. Eu vou ver se eu vou lá na cidade, lá na outra loja onde ele colocou esses carros.”
Em uma segunda gravação, Samuel afirma que os carros teriam sido levados para uma feira de veículos em Santo Antônio da Patrulha, cidade a 80 quilômetros de distância de Novo Hamburgo. O mineiro afirmou que o dono estaria voltando com os veículos para a cidade. Samuel teria decidido ir até Santo Antônio da Patrulha e, desde então, não deu mais notícias.
Conforme o Marcela Ehler, delegada Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) Novo Hamburgo, Samuel foi morto após cortar contato com a família entre as 16h de sexta (2) e sábado pela manhã (3). “Os 44 (carros) não foram pagos por ele (sócio). Ele cometeu o crime pelo dinheiro: R$5 milhões”, explicou. Os carros não foram localizados.
Morto com nove tiros
O empresário foi morto com nove tiros disparados pelas costas. “Possivelmente, (ele foi assassinado) na sexta que desapareceu”, disse o delegado do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) do RS, Mário Souza.
Corpo encontrado
Nesse domingo (11), o corpo do empresário mineiro foi encontrado pelas forças de segurança. Ele foi achado durante a manhã, em uma área de mata em Santo Antônio da Patrulha, onde ele foi visto pela última vez.
“Chegou uma denúncia anônima de que o corpo estaria em uma casa abandonada. Investigamos todas as casas abandonadas de Santo Antônio, com o cão farejador. Primeiro, achamos os óculos da vítima e, assim, conseguimos delimitar a área onde encontramos corpo”, disse o delegado responsável pelo caso, Mário Souza.
O corpo foi encontrado coberto de telhas e outros materiais. “Suspeitamos que eles tentaram cavar, mas o solo era muito duro”, acrescentou. 70 agentes da Polícia Civil do Rio Grande do Sul e do Corpo de Bombeiros foram mobilizados para encontrar o mineiro.
Sócio e comparsa são presos
No sítio do sócio do empresário, a polícia encontrou sangue no sítio e no carro do sócio. Além disso, ele teria comprado pás, lonas, cordas e luvas em uma loja. Com isso, a Polícia Civil conseguiu a prisão preventiva do suspeito. Também foi decretada a prisão temporária de outro suspeito que seria comparsa.
