A paralisação do transporte público em Sete Lagoas envolve dois fatores principais: a insatisfação dos trabalhadores com a proposta de reajuste salarial feita pela Turi e atrasos recorrentes nos pagamentos e no recolhimento do FGTS. Segundo apuração do Tecle Mídia, a greve foi deflagrada porque a concessionária ofereceu apenas 3% de reajuste, enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ficou em 4,75%. Os trabalhadores reivindicam um aumento entre 8% e 9%, além de reajustes no vale-refeição e outros benefícios.
Além disso, a empresa já vem enfrentando problemas constantes no pagamento de direitos trabalhistas, como o FGTS, que não vem sendo recolhido corretamente há algum tempo. Embora o quinto dia útil do mês ainda não tenha vencido, há relatos de que a empresa já está com dificuldades financeiras para manter os compromissos em dia.
A crise no transporte público se intensificou depois que o prefeito Douglas Melo se manifestou publicamente. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, ele garantiu que a prefeitura está em dia com todas as suas obrigações e deixou claro que, caso a Turi não retome as operações, publicará um decreto emergencial permitindo que novas empresas entrem no mercado para operar o transporte coletivo da cidade.
Diante dessa ameaça de concorrência direta, a empresa pode recuar e tentar um novo acordo com os trabalhadores para evitar perder o contrato na cidade. A população, no entanto, continua enfrentando dificuldades, com pontos de ônibus vazios e apenas o transporte alternativo funcionando.
O impasse segue sem previsão de solução definitiva, mas a pressão sobre a Turi aumenta, e os desdobramentos das próximas horas serão cruciais para o futuro do transporte público em Sete Lagoas.
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