A Polícia Civil de Minas Gerais informou, no início da noite dessa segunda-feira, ter identificado mais uma pessoa envolvida na morte de Kelly Cadamuro, de 22 anos, assassinada no início deste mês ao dar carona via aplicativo de celular.
Trata-se de um homem de São José do Rio Preto (SP), que ficaria com o carro da jovem – o que não ocorreu porque o assassino Jonathan Pereira do Prado, de 33 anos, que está preso, não conseguiu entregar o veículo, um Fox, ao comprador.
A novidade no caso foi revelada após familiares de Kelly questionarem a polícia por ter anunciado que o inquérito havia sido encerrado na última sexta-feira, 10. Parentes da jovem chegaram a anunciar que contratariam um perito para analisar imagens de um pedágio por onde ela passou antes de ser morta porque suspeitavam que uma terceira pessoa estivesse dentro do carro, além dela e do assassino.
A alegação dos delegados é que o anúncio do encerramento das investigações teria sido uma estratégia para não chamar a atenção. E que a quebra do sigilo telefônico da vítima, uma reivindicação dos parentes, já havia sido requisitada à Justiça.
Segundo a nova versão, o assassino ia entregar o carro quando soube, também via aplicativo de celular, que ele já constava como roubado e por isso decidiu abandoná-lo. Ele ficou apenas com o som e as rodas, que foram vendidas para duas pessoas que já tinham sido identificadas. A polícia agora busca esse suposto comprador.
Outra novidade descoberta com a quebra do sigilo foi que o assassino tentou pegar carona com outras mulheres para fugir, após matar a jovem. Ele, porém, não conseguiu porque elas teriam se recusado a buscá-lo. As mulheres foram ouvidas pela delegacia nesta segunda-feira.
Segundo as investigações, o homem matou a jovem por estrangulamento no caminho entre São José do Rio Preto (SP) e Itapagipe, no Triângulo Mineiro. Ele viajava com ela porque conseguiu carona por meio de um grupo de WhastApp. A jovem havia saído do interior paulista para encontrar o namorado em Minas Gerais.