A Polícia Federal concluiu a investigação que apura irregularidades na construção da Cidade Administrativa, na região Norte de Belo Horizonte, e indiciou, nesta quinta-feira, o ex-governador e atual deputado federal por Minas, Aécio Neves (PSDB-MG) e outras 11 pessoas por corrupção passiva e ativa, desvio de recursos públicos e falsidade ideológica. As penas máximas, se somadas, totalizam 41 anos de reclusão.
A investigação foi iniciada em 2017 para apurar fatos revelados por diretores executivos e funcionários do Grupo Odebrecht em procedimento de colaboração premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal.
Segundo o relatório da Polícia Federal (PF), o processo de licitação da obra foi dirigido para que determinado grupo de empreiteiras vencesse a licitação. Além disso, há indícios de desvio de recursos públicos mediante contratações fictícias, cujas prestações de serviços não foram executadas. A fraude à licitação e os recursos desviados resultaram no total de R$ 232 milhões de prejuízos que, em valores atualizados, totalizam R$ 747 milhões de danos à Administração Pública.
Em nota, a assessoria de Aécio Neves afirma que “a conclusão da autoridade policial é absurda e contraria as investigações da própria PF que, depois de mais de três anos de investigações, não encontrou nada que comprometesse a atuação do Deputado Aécio Neves”.
A nota ressalta ainda que a obra foi acompanhada por auditoria independente e o edital apresentado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG) e ao Ministério Público não apontaram qualquer irregularidade. A defesa confia que a Justiça “comprovará o absurdo da acusação”.
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“A conclusão da autoridade policial é absurda e contraria as investigações da própria PF que, depois de mais de três anos de investigações, não encontrou nada que comprometesse a atuação do Deputado Aécio Neves. A obra foi acompanhada por auditoria independente e seu edital apresentado ao TCE e ao Ministério Público que não apontaram qualquer irregularidade. Sequer os aditivos de preço autorizados por lei foram praticados à época. A defesa confia que a Justiça comprovará o absurdo da acusação”.