2º Festival de Cenas Curtas tem nova programação e intérprete de libras

 

Foto: Divulgação
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A Preqaria Cia de Teatro – companhia teatral responsável pela 3ª Temporada de Teatro de Sete Lagoas – divulgou esta semana a nova programação de 12 cenas curtas selecionadas para o Curta Teatro – 2º Festival de Cenas Curtas de Sete Lagoas, que acontece de 21 a 23 de outubro, no Casarão. “Fizemos duas substituições, remanejamos algumas cenas para outros dias e no sábado teremos uma intérprete de libras”, revela João Valadares, coordenador da Temporada.

Com a nova programação, se apresentam nesta sexta-feira (21), as cenas “Ama” (BH), “Meu Piano” (BH), “Rotinas Doutoradas” (Sete Lagoas) e “Velha Cadeira Colorida” (Três Rios/Sapucaia). Já no sábado (22), é a vez de “Eu” (BH), “Entre Dois” (Sete Lagoas), “Grão” (BH) e “Alzira” (Contagem). O festival termina no domingo (23), com “Ensaio Meu” (Rio de Janeiro), “Tourrent em: Sede de Jogo” (Sete Lagoas), “Anômalas” (BH) e “Queres Comer Meu Coração?” (Uberlândia), sempre às 20h e com entrada franca. Cada cena tem, no máximo, 15 minutos. As duas últimas cenas de domingo têm classificação de 16 anos.

A 3ª Temporada de Teatro tem realização da Preqaria Cia de Teatro e apresentação do Circuito Cultural Cimento Nacional por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, com apoios da Unifemm, Musirama FM, Jornal Sete Dias, site SeteLagoas.com.br, Panificadora Galdina, Teclemídia e Restaurante Três Marias. Informações: 98894-4243.

Sexta-feira (21), 20h

“Ama” (Belo Horizonte)

“Meu Piano” (Belo Horizonte)

“Rotinas Doutoradas” (Sete Lagoas)

“Velha Cadeira Colorida” (Três Rios/Sapucaia)

Sábado (22), 20h

“Eu” (Belo Horizonte)

“Entre Dois” (Sete Lagoas)

“Grão” (Belo Horizonte)

“Alzira” (Contagem)

Domingo (23), 20h

“Ensaio Meu” (Rio de Janeiro)

“Tourrent em: Sede de Jogo” (Sete Lagoas)

“Anômalas” (Belo Horizonte) 16 anos

“Queres Comer Meu Coração?” (Uberlândia) 16 anos

SINOPSES

Sexta-feira (21)

Ama

“Ama” é livremente inspirada no texto dramatúrgico “Além do rio” de Agostinho Olavo, escrito em 1957 e que é uma releitura da tragédia “Medea” de Euripides. Agostinho Olavo conta a história de Jinga, rainha nascida na Costa d’ouro em África, sua história é contada através dos costumes e culturas de matriz africana. A cena “Ama” apresenta as Jingas contemporâneas e discute o mito Medeia no contexto urbano. Denunciando a “Ideologia do Branqueamento”, que determina os padrões não-negros como referência para os modelos de beleza estética e de comportamento, em cena, um salão de beleza, espaço de encontro e sobretudo espaço de fortalecimento da auto estima. Para mulheres negras o cabelo é um forte símbolo de resistência e também de emancipação. “Ama” conta sobre resistência de mulheres, suas angustias, medos e sobretudo a construção da identidade negra a partir do encontro com seus pares.

Meu Piano

Dona Gema é mãe solteira e sempre incentivou sua filha Clarinha a estudar música. A cena ilustra um dia atípico de Dona Gema, onde ela aguarda ansiosa a chegada do piano que comprou. Porém, ela não contava com um imprevisto musical, o carregador, que lhe fez relembrar que sempre sonhou em ser artista, que sabe dançar, cantar, que deposita suas esperanças musicais na filha e que ela comprou um piano especial.

 

Rotinas Doutoradas 

Defendendo sua tese de doutorado, uma acadêmica apresenta, com o auxílio de seus ajudantes, aspectos pontuais da comédia com a representação/apresentação de rotinas cômicas que vão da risibilidade simples da plateia até a gargalhada, na medida em que as situações vão se incrementando de subterfúgios, equipamentos e propostas.

Velha Cadeira Colorida

Criada a partir de impressões e fragmentos da memória do autor, a cena traz dois atores e o universo múltiplo de diferentes personagens cujas histórias se confundem, entrelaçando-se por conflituosas relações cotidianas de poder.

Sábado (22)

Eu

“Eu” é um trabalho autobiográfico sobre a vida de uma mulher desde sua infância vivida, na visão de muitos, como um menino, passando por uma adolescência repleta de abusos sexuais, até a chegada da menopausa, muito antes do esperado. A cena fala sobre uma mulher, sobre todas as mulheres. Fala das alegrias e tristezas de ser mulher num mundo machista.

 

Entre Dois

O texto é um trecho da peça “Entre Dois”. Todos nós temos aquele amor que mudou a nossa vida. Pode ter sido o primeiro, o segundo ou mesmo nem ter acontecido ainda. Com João e Maria não foi diferente. Ainda jovens eles se apaixonaram. Movidos por uma chama de paixão ardente, eles se casam. João e Maria mostram a realidade de um casal e se tornam alguns personagens que já conhecemos muito bem: nós mesmos. Esse relacionamento, assim como os outros, passa por uma crise que vai caber à Maria a decisão de viver ou não esse amor.

 

Grão

Abordar a si mesmo. Interpelar-se. Questionar o lugar que lhe foi entregue. E romper. “Grão” é o artista se valendo da obra para transgredir o palco e encontrar a si mesmo, ser de fato. É na justiça do cenário que o ator desbrava possibilidades criativas e tenta encontrar a certeza, ainda que entenda a fragilidade das definições. “Quem sou eu diante daquilo que fui e que quero ser?

 

Alzira

A cena Alzira é baseada na história real de uma mulher que durante a vida passou por diversos conflitos na busca de forma de ser feliz, tentando equilibrar os sonhos, obrigações e imposições da sociedade. É um monologo escrito e encenado por Dinalva utilizando a pantomima como linguagem central aliado a música.

Domingo (23)

Ensaio Meu 

Em uma sala de ensaio, dois atores estão tentando “representar” uma história de amor vivida por um autor apaixonado, numa espécie de ensaio amoroso.

Tourrent em: Sede de Jogo

Através do jogo do palhaço Tourret cria maneiras para matar a sua sede, mas a vontade de brincar não o deixa saciar sua própria necessidade.Junto com a plateia o jogo nasce no que o improviso indica, e a sede… fica?!.

Anômalas

Em caso de um ataque ou acidente, mantenha a pressa, regenere-se! Corpos que dialogam entre ficção e realidade. Corpos conectados pelas cicatrizes. Corpos anômalos. Nesse ambiente cruel, se faz necessário, para estes corpos, o retorno à essência. A volta à infância e à família, além das relações com o espectador, são fundamentais para dar sentido à dramaturgia. E hoje? Quais marcas você carrega? Classificação: 16 anos

Queres Comer o Meu Coração?

No foco encontra-se o individuo. O  ser e seus conflitos internos surgem  diante de um espelho. O que é ser um homem? Eu quero ser uma mulher. Desejos. Sentimentos. Transições de um mesmo ser. Se em Shakespeare, as mulheres da peça: Ofélia e a Rainha Gertrudes trilham juntas o caminho da sujeição; no Hamlet de Müller as mulheres são perturbadoras e conscientes do que as cercam. Em ambos “uma desgraça marcha no calcanhar da outra”…mas enquanto uma Ofélia canta no leito de sua morte, na tentativa de compreender o seu próprio infortúnio; surge outra, revolucionária e plenamente consciente, que sabe que será silenciada, mas antes grita ao mundo: “Abaixo a felicidade da submissão.” Classificação: 16 anos

 

VIARedação
FONTEMarcelo Sander
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