Embalado pela torcida, Cruzeiro supera o Galo e fatura título do Campeonato Mineiro

Arrascaeta abriu o placar para o Cruzeiro com apenas três minutos de bola rolando (Foto: Fernando Michel)

Que coisa linda é uma partida de futebol”. No Mineirão, o Cruzeiro cumpriu o dever de casa, deixou os erros do primeiro jogo da final para trás e cravou 2 a 0 no Atlético, com gols de Arrascaeta e Thiago Neves. A dificuldade para suportar as investidas do adversário, ainda deixou o Galo com dois jogadores a menos. Bom para a Raposa, que superou a pressão psicológica agregada pela dependência do resultado e contou com a sorte e talento para “se livrar” dos rivais e conquistar sua 37º taça de campeã estadual.

EXPULSÃO DE OTERO COMPLICA O ATLÉTICO-MG 

Decisivo no primeiro jogo da final, Otero não teve a mesma tranquilidade na decisão. Seu maior rival: Edílson. Em campo, os jogadores mostravam atrito desde o início. Bastou falta do zagueiro Dedé no atacante Ricardo Oliveira para Edílson cochichar no ouvido do venezuelano e levar um empurrão. O cartão vermelho veio cinco minutos depois. Após cobrança de falta a favor do Galo, Otero acertou uma cotovelada no rosto de Edílson e deixou o time com um a menos. O jogador saiu de campo desolado.

RICARDO OLIVEIRA APAGADO

Esperança do Atlético-MG, o artilheiro não viveu seu melhor dia como centroavante. Bloqueado pela defesa do Cruzeiro, Ricardo Oliveira ficou longe dos dois gols que marcou no primeiro duelo da decisão e teve sua melhor oportunidade no final da primeira etapa, quando limpou a marcação e chutou forte em direção ao gol. Entretanto, o lance terminou nas mãos de Fábio. Sem conseguir se sobressair, o camisa 9 foi sacado no segundo tempo para a entrada de Erik.

O JOGO

O Cruzeiro entrou em campo com postura diferente daquela que culminou na derrota para o Atlético na ida. Dependendo de vitória por dois gols de diferença para conquistar o título, os comandados de Mano Menezes acertaram a marcação e saíram na frente logo no início. Jogando adiantado, Egídio cruzou a bola na medida para Arrascaeta chutar no centro, mas Victor fez grande defesa. No rebote, Edílson pegou pela direita, passou por Otero e lançou na cabeça do uruguaio, que abriu o placar para o Cruzeiro com apenas três minutos de jogo.

Sem espaço para sair jogando, o Atlético ficou acuado no seu próprio campo durante boa parte da etapa inicial. No banco, Thiago Larghi esboçava preocupação e foi questão de minutos até o tempo fechar. Perto da grande área, Ricardo Oliveira sofreu falta de Dedé e os jogadores celestes não gostaram, inciando um longo bate boca entre as duas equipes. O Galo só conseguiu se aproximar do gol defendido por Fábio aos 19 minutos, com falta cobrada por Cazares, que passou perto do ângulo direito.

Enquanto a torcida tentava embalar os times com músicas e festa na arquibancada, a necessidade de resultados esquentou os nervos em campo e, com apenas 21 minutos, o Atlético perdeu Otero por cotovelada em Edílson, que rendeu vermelho direto ao venezuelano. Mas a bronca deu jeito no Galo, que conseguiu segurar o jogo no meio de campo e deu mais atenção à defesa, complicando a vida da Raposa, que já começara a se prejudicar com seus próprios erros de passes.

Com um a menos, o Atlético-MG retornou com a formação inicial, enquanto Mano sacou Edílson para a entrada de Mancuello. Já no primeiro minuto em campo, o argentino recebeu bola de Thiago Neves e raspou a trave. Atento, Robinho identificou brechas na defesa alvinegra e partiu para cima. A primeira bola ficou com Victor, mas a segunda encontrou o camisa 30, que só teve o trabalho de empurrar para o fundo do gol e concluir 2 a 0 aos sete minutos do segundo tempo.

Travado na etapa inicial, o Atlético conseguiu ganhar espaços e intensificar a troca de passes com as entradas de Erik e Gustavo Blanco. Porém, os constantes erros nas chegadas ao campo do rival deixavam a equipe cada vez mais distante de marcar o gol que lhe garantiria o bicampeonato. O jogo ficou equilibrado no segundo tempo, mas a dificuldade para avançar ainda era visível no time alvinegro.

Após contra-ataques frustrados e algumas jogadas pela lateral interrompidas, Thiago Larghi lançou Róguer Guedes como carta na manga e viu o Galo ir para o tudo ou nada nos 15 minutos finais. Tranquilo, o Cruzeiro arriscou suas últimas investidas com boas chegadas de Thiago Neves, que mostrou facilidade para superar a marcação rival. O dia não estava nada fácil para o Atlético, que depois de perder Otero, ainda ficou sem Patric no minuto final por falta em Ariel Cabral. O apito final chegou com grande festa da torcida cruzeirense.

FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 2 x 0 ATLÉTICO-MG
Local: 
Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Data-Hora: 08/04/2018 – 16h
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Auxiliares: Marcelo Carvalho Van Gasse (SP) Miguel Caetano Ribeiro da Costa (SP)
Público/renda: 
Cartões amarelos: Edílson, Léo, Thiago Neves, Robinho, Egídio, Ariel Cabral (CRU); Ricardo Oliveira, Patric, Erik (CAM)
Cartões vermelhos: Otero e Patric (CAM)
Gols: Arrascaeta (3’/1ºT)(1-0), Thiago Neves (7’/2ºT)(2-0)

CRUZEIRO: Fábio; Edílson (Mancuello, 2ºT), Dedé, Léo, Egídio; Henrique, Ariel Cabral, Thiago Neves, Robinho (Rafinha, aos 22’/2ºT), Arrascaeta (Ezequiel, aos 30’/2ºT); Rafael Sóbis. Técnico: Mano Menezes.

ATLÉTICO-MG: 
Victor; Patric, Gabriel, Leonardo Silva, Fábio Santos; Elias (Róger Guedes, aos 33’/2ºT), Adilson, Otero, Cazares, Luan (Gustavo Blanco, aos 13’/2ºT); Ricardo Oliveira (Erik, aos 13/2ºT). Técnico: Thiago Larghi.

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