Justiça manda prender vereador de Belo Horizonte mais 7 por fraude em licitação

Vereador Wellington Magalhães
(foto: Marcos Vieira/Em/D.A Press)

O vereador Wellington Magalhães (PSDC), a mulher dele, Kelly Magalhães, e outras seis pessoas são alvo, na manhã desta quarta-feira (18), de mandados de prisão preventiva por fraude em licitação. A operação está sendo comandada pelo Ministério Público de Minas Gerais com apoio da Polícia Civil.

Wellington Magalhães é suspeito de chefiar uma organização criminosa que fraudava licitações de publicidade da Câmara Municipal de BH. Conforme o MP, os  prejuízos aos cofres públicos passam de R$ 30 milhões,  desviados a partir de licitação para contratação de serviços de publicidade para a Câmara, em favor da empresa MC.COM.

Além de Magalhães e a mulher dele, os outros alvos são Marcio Fagundes, Marcus Vinicius Ribeiro, Rodrigo Dutra de Oliveira, Christiane de Castro Melo Cabral Ribeiro, Frederico Ribeiro Guedes, Paulo Victor Damasceno Ribeiro.

Confome a Polícia Civil e do Ministério Público, quando Wellington Magalhães se tornou presidente da Câmara Municipal, em 2016, ele cancelou sem justificativa um contrato de publicidade, definido no valor de R$ 10 milhões.

No lugar, deu início a outro contrato de R$ 30 milhões direcionado à empresa Mc.com, conforme apontam as investigações do MP e da Polícia Civil.

As investigações identificaram ainda tentativas de atrapalhar o trabalho e de obstruir a Justiça, o que motivou, de acordo com a investigação, o pedido de prisão preventiva das oito pessoas, incluindo o vereador e ex-presidente da Câmara e a mulher dele, Kelly Magalhães.

 

Operação

A operação da manhã desta quarta-feira foi batizada de ‘Sordium Publicae’ destinada a cumprir não só oito mandados de prisão, mas também sequestros de bens, conforme determinação da 4ª Vara Criminal de Belo Horizonte.

Conforme o Ministério Público de Minas Gerais, a operação de hoje é desdobramento da Operação Santo de Casa, deflagrada em dezembro de 2016, e no indiciamento e representação pela prisão preventiva dos acusados pela Polícia Civil.

O Ministério Público manifestou-se favoravelmente pela concessão da medida cautelar criminal segregatória, oferecendo duas denúncias contra 20 pessoas, pela prática de crimes de peculato, fraude em licitação pública, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, embaraço a investigações, organização criminosa, e lavagem de dinheiro, cujas penas podem ultrapassar os 118 (cento e dezoito) anos de prisão.

VIARedação
COMPARTILHAR

SEM COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA