Secretário adjunto de educação dá explicações na Câmara, em Reunião Especial

Sem Moções para ser entregues, o destaque da Reunião Especial, que aconteceu nessa quinta-feira (12), foi a presença do secretário adjunto de educação, Gutemberg Silva. O gestor atendeu a convocação do Legislativo e esclareceu sobre vários temas que foram colocados pelos vereadores, um dos principais foi o reajuste, não concedido pelo Executivo, aos professore do município. O primeiro vice-presidente, Pr. Alcides (PP), foi quem dirigiu a sessão.

Questionado por Milton Martins (PSC), o secretário detalhou sobre a hora-atividade que é uma lei federal e que ainda não foi implantada na cidade. “Já está a dez anos, há necessidade, mas poucas cidades implantaram e acredito que nenhuma cidade tem condição de aplicar diante da crise”. Gutemberg garantiu ainda que há estudos sobre o tema. O impacto na folha de pagamento, de acordo com ele, seria de aproximadamente R$ 5 milhões ao ano.

Mas “se a economia não tiver uma recuperação acho muito difícil a gente implantar este ano. Não adianta implantar e não pagar”, lamentou. A hora-atividade é um momento em que o educador tem disponível, dentro da sua grade horária para preparar seus conteúdos para as aulas, tirar dúvidas dos alunos, atender pais e responsáveis, alunos e outros.

A preocupação do vereador Renato Gomes (PV) é com a construção de creches do programa pró-infância. Sobre o assunto a notícia é que “já foram licitadas e com contratos celebrados. Até o começo de agosto devem começar a ser liberadas as ordens de serviço para as construções”. Os bairros Iporanga, Jardim dos Pequis, JK, Dona Dora e CDI II serão os beneficiados.

Para o vereador Gilson Liboreiro (PHS) as questões do reajuste e da hora-atividade “são impositivas. Não tem como não dar o reajuste. É preciso ter uma nova postura frente a secretaria de fazenda”. O vereador defende que “se ache um caminho para cumprir a lei que vai melhorar a qualidade da educação”.

“O melhor caminho é o esclarecimento”, disse Ismael Soares (PP) antes de parabenizar a presença do secretário. Marcelo Cooperseltta (MDB) falou em parcerias para que os projetos do município avancem. “Mais do que nunca precisamos buscar parecerias nas secretarias e até em empresas. É unir o útil ao agradável”, sugeriu.

A dúvida de João Evangelista (PSDB) é se com a construção de uma creche no bairro JK a escola Joaquim Drumond seria desativada. A resposta vai depender, segundo Gutemberg, da procura por vagas. “A partir da inauguração que vai ser olhada essa situação. Se tiver demanda para os dois locais, os dois vão funcionar”.

O gargalo da educação municipal, para a vereadora Gislene, são a hora-atividade e o diário eletrônico. Ela faz parte da Comissão permanente de Educação da Câmara e garante que “temos lutado muito, não temos deixado nada passar. Já foram inúmeras reuniões”. Por fim, Gislene lamenta que “quem está na ponta, na sala de aula, é que sofre com tudo isso. Criou-se uma expectativa muita grande e as respostas não chegam diretamente”.

Rodrigo Braga (PV) questionou sobre a possibilidade de o cadastramento escolar acontecer nas escolas ao invés de ser feito no Museu do Ferroviário. “Muitas pessoas têm dificuldade de vir até o centro da cidade ou não ficam sabendo”, ponderou. Segundo Gutemberg a partir do próximo ano o serviço será oferecido já nas unidades de ensino.

O presidente da sessão, vereador Pr. Alcides (PP), antes de encerrar os trabalhos, leu um Requerimento que entregou ao secretário onde solicita alguns esclarecimentos, principalmente, acerca de portaria publicada recentemente que trata do Atendimento de Educação Especializada (AEE). Gutemberg disse que a equipe do AEE foi a responsável pelo teor do documento e prometeu responder aos demais questionamentos como prevê o Requerimento.

Não pela primeira vez, Pr. Alcides questionou sobre a merenda escolar servida em algumas escolas, citou uma em específico sem dizer o nome, mas garantiu que fará novas visitas. “Criança desnutrida e com fome não aprende”, cravou o vereador. Em resposta foi apresentado o cardápio que deve ser seguido pelas unidades e Gutemberg disse ainda que não há problema com relação ao fornecimento da merenda e acredita que possa ter acontecido algum “problema pontual”, finalizou.

VIARedação
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