Prefeitura de Sete Lagoas quita 100% da folha

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A Prefeitura de Sete Lagoas fez um grande esforço para mudar todo seu planejamento efinalizar o pagamento da folha salarial dos servidores públicos. O atraso nas escalas mais altas de vencimentos só ocorreu por conta de um confisco de mais de R$ 95 milhões de recursos municipais pelo governo estadual. Nesta sexta-feira, 21, será fechado todo o cronograma de acerto o que coloca a administração municipal em dia com seus funcionários, uma situação atípica na maioria dos municípios de médio e grande porte de Minas Gerais.

O atraso dos repasses do Governo de Minas tem prejudicado fortemente o planejamento da Prefeitura de Sete Lagoas nos últimos meses. Para piorar o cenário, começou a ocorrer de maneira constante a retenção dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), verba “carimbada” destinada a manter a Educação. A última atualização divulgada no sistema da Associação Mineira dos Municípios (AMM) mostra que o Estado deve para a Prefeitura de Sete Lagoas o total de R$ 95.063.237,79.

Os recursos confiscados vão muito além dos valores referentes a área educacional. O extrato negativo do Governo de Minas com Sete Lagoas apresenta os seguintes números: R$ 78.364.915.71 da Saúde, R$ 11.528.652,60 do Fundeb, R$ 3.513.302,55 de juros e correções do ICMS, R$ 1.037.911,93 de juros e correções do Fundeb, R$ 575,795,00 em parcelas do Piso Mineiro de Assistência Social e R$ 42.660,00 de transporte escolar.

Mesmo diante desta dificuldade,instituídasem o menor aviso prévio, a Prefeitura não mede esforços para pagar os servidores. No último dia 12 de setembro, a folha de quem ganha até R$ 3.500 foi quitada, representando 85% da folha salarial do governo municipal. Já no dia 14,a escala chegou aos R$ 5.000. Agora, o pagamento será totalmente integralizado nesta sexta-feira, 21.

Outro desafio da administração está sendo manter o atendimento em todas unidades da Saúde, principalmente na UPA, Hospital Municipal e PA Belo Vale que atendem uma grande demanda regional de urgência e emergência. Como o Estado deve ao município cerca de R$ 79 milhões na área é preciso alocar recursos próprios para manter o sistema funcionando.

VIARedação
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