Operação desarticula esquema de tráfico de drogas entre MS, SP e Sete Lagoas-MG

PCMG/Divulgação

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) e a Polícia Rodoviária Federal deflagraram nesta quarta-feira (31), a operação Rota 040 para desarticular um esquema de tráfico interestadual de drogas operado desde o Mato Grosso do Sul e São Paulo até Minas Gerais, onde os entorpecentes eram distribuídos na capital, na região metropolitana e em diferentes cidades do interior mineiro.

As investigações tiveram início em razão do aumento das apreensões de grandes carregamentos de drogas ocorridas na rodovia federal BR-040, com destino à região central de Minas, especialmente para a cidade de Sete Lagoas, sugerindo que o local estava sendo usado pelos traficantes como espécie de porto seco para receber, preparar e distribuir, em larga escala, as substâncias entorpecentes, especialmente cocaína, seu substrato crack e maconha.

A operação, iniciada na madrugada desta quarta-feira, tinha 22 mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos de Belo Horizonte. Os mandados foram cumpridos por dezenas de equipes da Polícia Civil e dos Gaecos de Minas Gerais e de São Paulo.

O balanço divulgado pela Polícia Civil de Minas no início da tarde desta quarta-feira (31) foi de seis pessoas presas ao longo da investigação; 10 presos nesta quarta-feira em Sete Lagoas, um em Lagoa Santa, um em Pedro Leopoldo, um em Sertãozinho (SP), além de dois veículos apreendidos. Três pessoas ainda estão sendo procuradas.

O esquema

As investigações duraram 10 meses. Segundo o Gaeco, o esquema era liderado pelo traficante Flávio de Souza Rocha, que contava com auxílio de vários criminosos para viabilizar a prática delitiva em razão da extensa área de atuação do grupo, estruturado hierarquicamente e com divisão de tarefas.

Conforme levantamentos realizados pelo Gaeco e PCMG, Souza Rocha atuava há vários anos em Minas Gerais, a partir de Lagoa Santa, onde chegou a ser investigado em diversas operações policiais entre 2012 e 2017. No entanto, à época, não houve elemento suficiente para responsabilizá-lo criminalmente, possivelmente em razão do seu peculiar e aprimorado modo de atuação.

No curso das investigações, houve a prisão de alguns dos envolvidos e apreensão de grande quantidade de drogas que era movimentada pela associação criminosa – aproximadamente 130kg cocaína na forma de pasta base e crack, além de 250kg de maconha.

Os carregamentos saíam de Mato Grosso do Sul e também de São Paulo para Minas Gerais e distribuídos aqui para cidades mineiras, segundo informações do delegado Antônio Junio Dutra Prado, que preside o Grupo de Combate a Organizações Criminosas da Polícia Civil de Minas.

“Parte da droga era retirada em Sete Lagoas por traficantes e parte era entregue pelos criminosos baseados em Sete Lagoas para outras cidades. Eles, geralmente, ocultavam as drogas em veículos pequenos e em compartimentos ocultos”, explicou.

Vídeos e fotos produzidos pelos próprios integrantes do grupo criminoso e que agora estão com o Gaeco demonstram a forma de atuação da organização.

Os entorpecentes eram enterrados dentro de tambores em locais de difícil acesso e improvável localização pela polícia. Eles eram enterrados em buracos em áreas provavelmente rurais. As imagens revelam também que os entorpecentes recebidos eram preparados em um laboratório improvisado para posterior distribuição.

Com MPMG e PCMG

VIARedação
FONTEBHAZ
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