Uma menina de 11 anos foi estuprada dentro de uma escola de Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira. De acordo com a Polícia Civil, ela foi obrigada a fazer sexo oral em um adolescente de 12 anos enquanto eles assistiam a um filme. A menina cometeu o ato por ter sido ameaçada de morte.
O crime aconteceu no início deste mês, mas a denúncia foi feita junto a Polícia Civil na última segunda-feira (10) quando um Procedimento de Investigação de Ato Infracional, nome dado ao inquérito quando se fala em menores de idade, foi aberto.
Foram os pais da estudante que fizeram a denúncia, após a filha contar que estava na biblioteca vendo um filme passado pela professora, quando o colega de sala suspeito desceu as calças e pediu que ela fizesse sexo oral nele.
De acordo com a vítima, o estudante ameaçou matá-la junto com toda sua família caso ela não praticasse o ato e, com medo, ela realizou o sexo oral. A criança disse que teve medo de contar para os pais e por isso só fez o relato na segunda-feira.
Segundo a menina contou para os pais, a luz da sala estava apagada por causa do filme. Com a escuridão, apenas uma menina de 13 anos viu o estupro e também foi ameaçada de morte pelo adolescente. A vítima já foi ouvida na delegacia e fez o mesmo relato.
“Os pais requereram medida protetiva para a menina em face desse menor. O pedido já foi encaminhado a Vara da Infância e Juventude por se tratar de menor. A menina disse que o adolescente infrator é de alta periculosidade”, informou a delegada Carolina Gonçalves da Delegacia de Atendimento a Mulheres de Juiz de Fora.
Como os pais também procuraram a Polícia Militar, a viatura da esteve na escola e a professora que passou o filme afirmou aos militares não ter visto nada de anormal durante a exibição. O adolescente suspeito do crime contou aos policiais que a garota fez sexo oral porque ela quis e foi incentivada por uma colega.
A professora, a aluna testemunha e o aluno suspeito serão ouvidos na semana que vem pela Polícia Civil. “O menor ele não pratica crime e sim ato infracional análogo a estupro de vulnerável. A ele futuramente podem ser aplicadas as medidas socioeducativas cabíveis que vão desde uma advertência até uma possível internação”, concluiu a delegada.
O que diz a escola
A Secretaria Municipal de Educação informou que o caso é acompanhado pelo Departamento de Inclusão e Atenção ao Educando (DIAE) e que todas as medidas cabíveis foram imediatamente adotadas. O órgão segue acompanhando a situação junto aos dois estudantes, familiares e profissionais da escola.
O nome da unidade de educação não foi divulgado para preservar as crianças.
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