O ônibus da linha 1114, de Vespasiano, na Grande BH, não tinha o freio de portas, item obrigatório em coletivos de Belo Horizonte. A informação foi obtida pela reportagem da Itatiaia com funcionários da empresa Buião, responsável pela linha. O freio de portas poderia ter evitado o acidente que matou a jovem Daniele Lorraine de 20 anos, na última sexta-feira (19).
Com o dispositivo, as portas só abrem se o ônibus estiver parado. No caso de Lorraine, o veículo estava em movimento. Conforme nota do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros da Região Metropolitana de BH (Sintram), o motorista relatou que o acidente ocorreu cerca de 600 metros após o último ponto em que havia parado. Durante o trajeto, o coletivo circulou normalmente, com todas as portas fechadas.
O motorista informou que estava com as duas mãos ao volante e garantiu não ter acionado proposital ou acidentalmente qualquer nova abertura das portas. A empresa Buião informou que o ônibus foi periciado pela Polícia Civil logo após o acidente e não foi constatado nenhum problema técnico nas portas.
Conforme o sindicato, testemunhas disseram que a jovem estava com o pé no degrau e as costas apoiadas na porta.
De acordo com José Marcio Ferreira, diretor de comunicação do sindicato, tanto a porta com freios quanto as que não têm estão sujeitas a falhas, mas com o sistema de freios a segurança é maior.
DEER
Em nota superficial, o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER-MG) informou apenas que a norma da ABNT define o sistema de segurança de trava de portas que os ônibus devem ter.
Desta forma, segundo a nota, durante a vistoria nos ônibus metropolitanos, o DEER segue as recomendações citadas na norma. Se forem constatados veículos fora destas condições, as empresas e consórcios responsáveis são notificados e devem restabelecer o funcionamento do sistema de segurança
