Com apenas 15 anos, um adolescente morador de Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, é suspeito de participação em ao menos seis assassinatos. Ele foi apreendido durante a investigação da morte de Reinaldo Eduardo da Silva, de 27. O comparsa dele, Wesley Ryuzo Tavares da Silva, de 21, também acabou preso. Em coletiva, nesta quinta-feira (8), a Polícia Civil informou que a execução ocorreu devido à disputa pelo tráfico de drogas.
“O homicídio aconteceu no dia 1º de maio deste ano, uma execução sumária na região central do município. A perícia constatou que foram de 13 a 15 disparos. Iniciamos as investigações e descobrimos que seriam dois suspeitos. No local do crime conseguimos recolher uma blusa que teria sido usado pelo adolescente. A partir daí, a gente representou pela internação do menor e prisão preventiva do maior”, explicou delegado Flávio Rabello Teymeny.
Ainda conforme o policial, a guerra pelo tráfico de drogas na cidade acontece entre dois grupos: “Tudo 2”, em que a vítima seria um dos integrantes, de acordo com a polícia, e “Tudo 3”, que a dupla faz parte.
“O ‘Tudo 2’ seria localizado no bairro Aeronautas e o ‘Tudo 3’ age nos bairros Vila Fagundes, Vila Maria e Ovídio Guerra”, detalhou o delegado.
Adolescente
Segundo a polícia, o adolescente chegou a Lagoa Santa em setembro do ano passado e se envolveu com criminosos. Na casa dele foi localizada uma espada.
“Esse menor veio não tem muito tempo. Na primeira vinda, em setembro, ele conheceu autores que movimentam o tráfico aqui no município. A partir daí, ele começou a fazer parte dessa facção e sempre ligado a fazer os homicídios. A espada do estilo ‘samurai’ era usada por esse menor para ameaçar o grupo rival, sempre tirando fotos e vídeos. Inclusive, tem uma investigação que ele teria utilizada esse instrumento para matar uma menina por causa do tráfico de drogas”, afirmou Teymeny.
Wescley, condutor da motocicleta em que o adolescente fugiu, vai responder por homicídio qualificado por motivo fútil. Se condenado, a pena pode chegar a 30 anos de prisão. O adolescente segue à disposição da Justiça é pode responder por ato infracional análogo ao mesmo crime.
