A manhã deste sábado (10) foi de despedida em Divinópolis, na região Centro-Oeste do Estado.Parentes e amigos se reuniram para prestar homenagens e dar o último adeus à Amanda Filgueiras Calais, de apenas 6 anos. O corpo da garotinha foi sepuldado por volta de 9h30.
“Ela era uma menina feliz e todo mundo tinha o maior carinho com minha pequena. Ela é tão linda, sinto que poderia ter feito ainda mais por ela”, lamentou Claudilene de Bastos Filgueiras, a mãe da criança.
A suspeita da Polícia Civil é que o crime tenha sido cometido por Sarah Maria de Araújo, de 38 anos. Ela é vizinha da família e teria matado a criança porque Claudilene teria denunciado a mulher para o Conselho Tutelar. A suspeita tem uma filha de 5 anos.
“Diretora, professoras, todos tinham carinho pela minha princesa. Sarah tinha inveja”, acrescentou a mãe, que estava bastante emocionada.
A presidente da comissão em defesa da criança e do adolescente da cidade, a vereadora Janete Aparecida (PSD), considera que não havia motivação para a barbaridade.
“O que a gente viu ali nunca vamos entender por que ela fez, não existe motivo. Ela convivia pouco com os todos os vizinhos, mas as meninas sempre brincavam. Os desentendimentos que aconteciam eram os normais entre vizinhos, nunca aconteceu nada de grave. Ela mesma não consegue apontar uma desculpa”, afirmou.
Muitas pessoas acompanham a cerimônia de despedida. O sentimento de tristeza se mistura com a revolta. “É muito triste, é uma criança de 6 anos. O crime chocou o Brasil inteiro e a gente já não aguenta mais essas barbaridades. Eu fico com medo pela minha família, tenho netos e dá medo de deixar eles brincarem na rua”, relatou Maria Helena Vilela, de 59 anos, irmã de uma vizinha.
Entenda o caso
De acordo com a Polícia Militar (PM), a família da menina registrou o desaparecimento dela nessa quinta-feira (8), por volta de 17 horas. Militares e parentes da criança fizeram varredura pelo bairro Lagoa dos Mandarins em busca de notícias, mas sem sucesso. Já na madrugada desta sexta-feira (9), moradores ouviram um barulho alto vindo do quintal e, ao verificar do que se tratava, encontraram o corpo da criança. A PM foi acionada e constatou que a menina tinha marcas de estrangulamento e cortes em várias regiões do corpo.
A perícia esteve no local e constatou que havia indícios de que a criança tinha sido arremessada do segundo andar da residência vizinha. Os policiais foram até a casa onde a suspeita vive com o filho menor. Lá, eles encontraram vestígios de que a vítima havia batido a cabeça na parede e marcas no telhado e na concertina da casa, onde o corpo se chocou ao ser arremessado. Além, foi achada uma sacola contendo roupas, um chinelo e uma boneca da vítima. Após ser confrontada sobre o crime, a vizinha confessou, mas não deu nenhuma explicação sobre sua motivação.
