Duas pessoas são soterradas em obra de prédio em BH

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A. Press)

Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais foi acionado para socorrer duas pessoas que ficaram soterradas em uma obra na Rua Palmira, no Bairro Serra, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. A perícia da Polícia Civil chegou ao local por volta das 17h30. De acordo com a empresa, havia 6 funcionários no momento do acidente.

Uma das vítimas é um homem de aproximadamente 55 anos. Outras três viaturas da corporação estão no local para resgatar mais uma vítima que ficou sob escombros.
A vizinha Joana Darc, disse ficar assustada com o soterramento tão próximo de sua casa. “Eu passei por volta de 13h50 e estava tudo tranquilo. Na hora que voltei já estava cheio de viatura”, disse a dentista. Segundo ela, há pouco tempo havia uma casa no local. “Tem pouco tempo que começaram a demolir a casa e não tinha muito movimento não, era raro ter o portão aberto”, conta. “A sorte é que não tinha muitos trabalhadores”, acrescentou.
“Isso é tentar assassinar os trabalhadores”, disse Vilson Valdez, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria e Construção. Segundo ele, o sindicato havia visitado a obra em outubro do ano passado e viu irregularidades. “Tinha cinco trabalhadores sem equipamento de segurança. Muita sujeira, material espalhado e falta de técnico responsável”, disse.
Já Luiz Fernando Côrtes Caravita, advogado da Florença Construtora, sustenta que a obra estava regular e os operários estavam com equipamentos de segurança.
A obra está em fase inicial de construção. De acordo com o vice-presidente, a empresa foi convocada para ir ao Sindicato, mas não compareceu. “Quando falamos com os operários deixamos panfletos e falamos que quando começasse a escavação tinha que ter escoramento e um responsável acompanhando, mas parece que isso não aconteceu”, contou Valdez.
A gerente-geral Maria do Socorro Vasconcelos, de 58 anos, trabalha ao lado da obra e escutou um barulho por volta das 14h. “Fez um “bum”, como se algo tivesse caído depois eles começaram a gritar”, contou. “Pra gente que convivia aqui é muito triste. Eles trabalhavam muito alegres. Parecia tudo normal e de uma hora pra outra que aconteceu isso”, lamenta.
Uma das vítimas foi desenterrada até a cintura e recebe oxigênio enquanto os militares continuam com o resgate. Segundo os bombeiros que estão no local, a previsão é que o trabalho dure cerca de mais quatro horas ou mais. Os militares já se prepararam com toldo em caso de chuva.
Representantes da Prefeitura de Belo Horizonte compareceram à obra mas não falaram com a imprensa sobre licenciamento da construção.
VIARedação
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