PCMG investiga ex-jornalista da Itatiaia por suspeita de estelionato

Foto: Reprodução/Twitter

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu, na manhã dessa quinta-feira (23), mandado de busca e apreensão na casa do jornalista Bruno Teodoro Azevedo de 37 anos. O imóvel fica em um condomínio em Lagoa Santa, local este onde Bruno recebeu os policiais. O objetivo da ação foi subsidiar a investigação que apura crimes de estelionatos e possível lavagem de dinheiro.

De acordo com o chefe da Divisão de Combate à Corrupção e Investigação de Fraudes, delegado Domiciano Monteiro, as primeiras investigações relacionadas ao caso se iniciaram pela Divisão Especializada de Referência a Pessoa Desaparecida, em Outubro do ano de 2019. “Uma vez que ele teria supostamente desaparecido, deixando uma carta de despedida. Constatamos, nas apurações, que ele se dirigiu voluntariamente para outro Estado da federação. A família posteriormente informou o retorno à Belo Horizonte. Contudo, paralelamente à divulgação dessas notícias, algumas pessoas foram à delegacia informar que teriam sido vítimas de golpes cometidos pelo jornalista, sendo que os primeiros documentos já traziam informações de cifras milionárias” explicou.

O delegado Marlon Macheco, responsável pela 3ª Delegacia Especializada em Investigações de Fraudes, disse que Bruno Azevedo realizava uma espécie de pirâmide financeira. “O suspeito remunerava os investidores mais antigos com dinheiro dos mais recentes. O ardil consistia em receber valores informando que seriam para caucionamento de tempo de publicidade na emissora, sendo que o lucro seria dividido com a posterior inserção da propaganda. Bruno Azevedo vinha mantendo padrão de vida superior aos seus rendimentos”, ressaltou.

O suspeito foi ouvido em cartório ainda no final do ano de 2019, mas preferiu permanecer em silêncio. Durante as buscas realizadas nesta quinta-feira, o jornalista encontrava-se em sua residência e colaborou com os trabalhos policiais. Até o momento, oito vítimas já foram identificadas, e totalizam um prejuízo aproximado R$ 2.6 milhões. No entanto, foram constatadas movimentações financeiras que superam a casa de R$ 6 milhões.

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