Governo de MG vai dar vale-merenda mensal de R$ 50 a crianças em extrema pobreza

Zema anunciou vale-alimentação para famílias de alunos na extrema pobreza
Foto: Alex de Jesus / O Tempo

Pelos próximos quatro meses, 380 mil crianças mineiras de famílias cuja renda per capita é inferior a R$ 89 por mês receberão R$ 50 mensais. A medida foi anunciada pelo governador Romeu Zema (Novo) nesta terça-feira (7) como forma de compensar a falta da alimentação nas escolas, fechadas pela pandemia do novo coronavírus.

A preocupação do governo, segundo a secretária de Estado de Desenvolvimento Social, Elizabeth Jucá, começou logo que as atividades foram interrompidas nas escolas de Minas. “Nos preocupava muito o fato de algumas dessas crianças terem na merenda escolar a única refeição do dia, e então nos juntamos ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e à Defensoria Pública para pensar soluções, até chegarmos à bolsa”, contou Jucá.

Zema ainda reiterou o compromisso de apoiar os mais vulneráveis na crise do coronavírus. “Geralmente essas são famílias nas quais o pai e a mãe trabalham no mercado informal e sentem com muito mais intensidade este momento, que é difícil para todos nós, e é obrigação do Estado tentar amenizar o sofrimento dessas famílias”, declarou. O benefício será distribuído por meio de vale-alimentação, mas o governo ainda não deu detalhes sobre cadastramento ou distribuição dos cartões.

O financiamento do projeto terá a contribuição do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que disponibilizou quase R$ 31 milhões para a ação. O recurso, conforme detalhou o procurador geral de Justiça Antônio Sérgio Tonet, foi adquirido a partir de um remanejamento das contas do MPMG, com aval da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). “É uma solidariedade institucional importante neste momento”, considera.

Segundo a secretária, o Estado vai custear R$ 30 por aluno, e o MPMG vai repassar R$ 20 por aluno. “Agora, estamos conversando com empresários para que essa ajuda também se estenda para famílias com renda per capita um pouco maior, mas também com dificuldades sem a merenda na escola”, explica.

FONTEO Tempo
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