Acusado de agredir a ex-mulher, Emílio de Vasconcelos publica carta citando jogadores Neymar e Dudu

Agressão teria ocorrido no apartamento do casal, no Dia dos Namorados, em área nobre de Sete Lagoas; ele reafirma ser inocente e critica delegada do caso

Foto reprodução do Facebook.

Acusado de agredir a ex-mulher, Marina Schaun, o ex-candidato à Prefeitura de Sete Lagoas, Emílio de Vasconcelos Costa decidiu se defender publicamente, distribuindo uma carta nas redes sociais em que, além de procurar se inocentar, acusa a polícia.

A briga teria acontecido no apartamento do casal, num condomínio em área nobre de Sete Lagoas. Na noite do suposto atrito, no Dia dos Namorados, Emílio – que é ex-presidente do Democrata, time que já disputou a Primeira Divisão do Campeonato Mineiro – saiu de casa.

Marina diz que, após a agressão, entrou com pedido de divórcio de Emílio. Ela registrou queixa na polícia no dia 15 e fez exame de corpo de delito. Em fotos, mostrou marcas e machucados pelo corpo.


Como consequência da briga, Emílio retirou a candidatura a prefeito da cidade, mas no último sábado publicou um vídeo onde informou que continua sendo pré-candidato.

Na carta, ele reafirma que não agrediu a ex-mulher e acusa a delegada do caso de não ter levado em conta o teor do depoimento dele. Ainda cita como exemplos episódios envolvendo os jogadores de futebol como Neymar, do PSG, e Dudu, do Palmeiras, que também foram acusados de agredir mulheres. Ao tomar conhecimento da carta, a delegada Maria Cordeiro, que conduziu o caso, afirmou: “A Polícia Civil informa que a instauração do procedimento e o trâmite da investigação transcorreram dentro da legalidade. Depois de esgotadas as possibilidades de prova, o Inquérito Policial foi remetido à Justiça.”

Confira a carta, na íntegra, reproduzida como foi publicada nas redes sociais:

“Venho por meio de esta nota esclarecer e expor a minha indignação com a notícia de meu indiciamento no inquérito policial de nº2020-672-001145- 006-009614127-81 presidido por uma Delegada da Polícia Civil. Pois bem, é com repudia que recebo tal indiciamento uma vez que como todo cidadão espera a resposta de um estado de direito democrático é que a autoridade policial em sua função pública busque de forma eficiente e qualificada a realidade dos fatos, uma vez que estão em jogo a vida e a reputação de pessoas.

Ao fazermos um comparativo inevitável temos dois casos emblemáticos de eficiência policial a qual utilizou dos recursos estatais para a busca da verdade, são os casos dos jogadores de futebol Neymar Júnior e Dudu. Nestes casos a Polícia Civil escutou diversas pessoas, analisou conversas telefônicas, conversas de whatsapp, fotografias, áudios, buscou vídeos externos, analisou perícias, refez perícias, enquanto no presente caso, a minha defesa técnica buscou da melhor forma contribuir e auxiliar os trabalhos da Polícia Civil de Minas Gerais e simplesmente todos os fatos suscitados foram ignorados.


O fato é que fui ouvido perante uma Delegada de Polícia a qual afirmei com veemência – diga-se de passagem, ainda afirmo e sempre vou afirmar, “eu não agredi e não pratiquei nenhum ato de violência” contra a minha então esposa –, enquanto isso, a Delegada que presidiu o inquérito, inexplicavelmente, afirma em seu relatório que eu não neguei as agressões. Ora, tal afirmação demonstra ou desconhecimento das provas colacionadas ou a ineficiência do serviço estatal.

Pior, faz afirmação em documento público oficial contrariando minhas palavras constantes em meu depoimento no próprio inquérito, também oficial. Existe um ditado popular que diz que somente saberemos a realidade quando sentimos na carne, pois bem, sempre busquei saber o que a população da minha cidade sente e precisa mesmo que eu não tenha tido necessidade de passar fome e frio, mas, agora, vejo que esse ditado popular é realmente verdadeiro, pois, estou sentido na carne o que uma investigação ineficiente pode causar a um cidadão de bem.

E penso ainda mais, se eu que sou uma pessoa pública, estou passando por isso, o que uma pessoa comum deve passar? Esse, portanto é o meu repúdio e minha indignação, pois, o Estado que deveria me proteger de uma falsa comunicação de crime, como demonstramos de todas as formas no inquérito, me indicia por algo que não cometi e jamais cometeria.


De toda forma, continuo confiante no poder judiciário de minha cidade, para que esse busque a realidade dos fatos e que me seja oportunizado, por meio de minha equipe jurídica, a mais ampla defesa e o contraditório para que possam apresentar a minha defesa e que essa realmente seja analisada para que o processo conclua na única verdade que pode existir, “que não pratiquei qualquer tipo de agressão”.”

COMPARTILHAR

2 COMENTÁRIOS

  1. Emílio sentiu na pele o que é bater em uma mulher, coisa boa para vc, espero que vc sirva de exemplo que não importa se o homem é pobre ou rico, se ele é uma pessoa pública ou não que a lei está se cumprindo, vc é uma vergonha para nossa cidade, não pensa que somos pessoas bobas porque não somos. Vc está perdendo seu tempo com esse discurso falso, desiste e assume seu erro vai ficar muito mais bonito para vc, assume e se arrepende, vc é uma vergonha para todos nós Setelagoanos e toda sua família. Pronto falei o que eu penso.

  2. Quando um Homem ama a sua esposa, isso nunca acontece, pois o mesmo está ocupado demais em fazê-la feliz. Mas quando um homem (moleque), se dispõe a ser “o cara” , Ele quebra a cara.
    Qualquer investigação, para coletar dados, a nível de informação com vizinhos e amigos dará uma pista para saber como é o comportamental desse sujeito. Aí contra fatos não há argumentos. Quando o cidadão é pessoa pública, deve dar exemplo de suas atitudes, também dentro do lar.

DEIXE UMA RESPOSTA