Após cometer assalto em Curvelo, trio é preso suspeito de cometer furtos em lojas de departamento no Brasil

Em uma ação conjunta entre a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), a Polícia Civil de Goiás (PCGO) e a Polícia Federal (PF), foi deflagrada a primeira fase da operação Caixinha, que resultou na prisão de três suspeitos de envolvimento em uma organização criminosa que cometia furtos pelo Brasil. Os alvos do grupo eram grandes redes de lojas de departamento. Os mandados judiciais contra os investigados foram cumpridos na noite da última segunda-feira (13/9), em Goiânia (GO).

As investigações tiveram início há cerca de um mês, após o grupo cometer um furto qualificado na cidade de Curvelo, região Central de Minas, no dia 8 de agosto deste ano. Na ocasião, os criminosos entraram em um estabelecimento comercial do segmento, arrombaram o cofre e subtraíram quantidade expressiva de dinheiro. Conforme levantado, o prejuízo chegou a cerca de R$ 80 mil.

Após um trabalho investigativo qualificado da PCMG, foi possível identificar o grupo criminoso, seu modo de agir e seus componentes.

Investigação

O delegado da Polícia Civil em Curvelo, Alexandre Viana Corrêa, destaca que a organização criminosa é enraizada na região Sul do Brasil (Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e atuava em diversas partes do país. “O grupo sempre se utilizava de serras elétricas para acesso às lojas e seus cofres”, informa.

Corrêa ainda revela como a PCMG identificou o trio: “Foi feito um trabalho pelos investigadores de análise das imagens e dos veículos utilizados pelos suspeitos. Diante disso, os policiais chegaram ao hotel que eles ficaram hospedados aqui em Curvelo”. O delegado acrescenta que “os investigados estavam certos da impunidade e utilizavam seus documentos verdadeiros no hotel, assim como para alugar os carros, e faziam depósitos bancários em nome da esposa”, conta.

Após a identificação dos suspeitos, foi feito levantamento nos sistemas policiais e apurada a atuação da organização criminosa em diversas cidades de Minas Gerais e outros estados da federação. A partir dos elementos obtidos, foi demonstrada a autoria e requeridos ao Poder Judiciário os mandados de prisão para o trio.

Prisões

Nessa primeira fase, houve um esforço investigativo da PCMG, da PCGO e da PF para identificação e localização dos indivíduos da organização criminosa. O trabalho policial conjunto culminou nas prisões e na prevenção de pelo menos outros quatro crimes que estavam em planejamento.

Em nova ação, o grupo iniciava a execução criminosa no centro de Goiânia, quando foram detidos pelos policiais em campo, por meio de informações trocadas em tempo real com as equipes de investigação da Delegacia Regional de Polícia Civil em Curvelo. O delegado da PCGO, Alécio Moreira de Sousa Júnior, conta como se deram as prisões. “Um primeiro suspeito foi preso pela Polícia Federal, e, após perderem o contato, os outros dois desconfiaram e estavam indo para a rodoviária para evadir da cidade”, detalha.

Alécio Júnior observa também que “foram apreendidos muitos envelopes de três instituições bancárias diferentes em poder dos suspeitos, indicando que, assim que comentem o furto, já fazem o depósito de imediato para que não tenham que carregar esses valores. Isso demonstra o grau de especialização deles. Eles estavam hospedados em um hotel no centro, em andares separados para dificultar a ação da polícia”.

Segunda fase

O delegado da PCMG informa que as investigações continuarão com o objetivo de identificar novos integrantes do grupo. “Existe a possibilidade de outras pessoas participarem dessa organização criminosa, uma vez que é grande a movimentação de dinheiro. A segunda etapa da investigação será baseada nisso”, adianta Alexandre Corrêa.

A operação Caixinha foi assim denominada em alusão à gíria usada no meio criminoso para se referir ao arrombamento de cofres.

O trabalho foi realizado pela Delegacia de Furtos e Roubos e a Agência de Inteligência Policial da Regional em Curvelo, com a integração do Grupo Antirroubo a Banco (GAB), da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) da PCGO, e da Delepat/Drcor/SR/PF/GO, da Polícia Federal em Goiás.

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