Um esquema de falsificação que pode expor milhares de pessoas a riscos de saúde foi descoberto pela Polícia Civil de Minas Gerais. Após cerca de quatro meses de apurações, os investigadores conseguiram prender dois suspeitos em flagrante em uma operação realizada nesta terça-feira (30).
Ao todo, cerca de 70 policiais participaram da ação, que também cumpriu 13 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, Contagem, João Monlevade, Divinópolis e Nova Serrana.
As investigações começaram depois que uma das marcas vítima do esquema procurou a polícia. Durante as investigações, foram descobertos indícios de que as máscaras falsas podem ter sido vendidas inclusive para prefeituras do estado.
“Nós vamos precisar ainda aprofundar as investigações para ter certeza de quais prefeituras foram vítimas e em quais prefeituras foram fornecidos esses equipamentos falsos, porque ocorreram de licitações de material de proteção contra o Covid, de proteção à saúde em trabalhos, isso temos certeza que ocorreu. Mas vamos ter que verificar. Agora vamos ter que verificar onde foram entregues essas mercadorias e se elas eram todas falsas ou parte falsas”, disse o delegado.
Há indícios de que até cinco marcas foram prejudicadas. Mas, para a polícia, as principais vítimas são as pessoas que utilizam as máscaras acreditando estar protegidas.
Além do preço abaixo do praticado pelo mercado, outro indício de falsificação é a qualidade inferior das máscaras.
“Temos as diferenças físicas ao pegar nas máscaras. Começa na embalagem e vai pelo material utilizado para a confecção das máscaras, inclusive na fixação do clipe nasal”, enumerou.
As informações preliminares apontam oito suspeitos de envolvimento no esquema. As investigações agora seguem para investigar suspeita de crimes de sonegação, lavagem de dinheiro, além de fraude em licitação.