Família de Felixlândia pede ajuda para trazer corpo de mineiro que morreu na Argentina

Saulo Romaens Silva Oliveira foi vítima de um infarto fulminante e desde sua morte, no dia de 16 de junho, o governo da Argentina posterga a liberação do corpo

Mineiro morava em Felixlândia.

A família de um mineiro estudante de medicina que morreu na Argentina, no dia 16 de julho, luta para trazer o corpo dele para o Brasil e poder dar o último adeus ao familiar. Saulo Romaens Silva Oliveira foi vítima de um infarto fulminante e desde sua morte, o governo da Argentina posterga a liberação do corpo.

De acordo com o irmão dele, Glauber Romaens Silva Oliveira, de 33 anos, fazia 5 anos que o mineiro morava na Argentina e realizava o sonho de se formar em medicina no país. A irmã do brasileiro foi para a Argentina e tenta com uma advogada a liberação do corpo. Glauber conta que Saulo estava sentindo fortes dores nas pernas e que ele foi atendido em um hospital da cidade de La Plata com o diagnóstico de problemas no nervo ciático, mas não foram feitos exames mais detalhados.

Uma semana depois as dores continuam, ele retornou ao hospital e foi medicado. As dores cessaram após a medicação. No dia da sua morte, Saulo disse para uma vizinha que estava tremendo muito e que iria tomar um remédio e descansar. Naquela semana tinha ocorrido um assalto no prédio onde ele morava, o que deixou bastante ansioso. No mesmo dia ele não respondeu mais aos vizinhos que o viram deitado no apartamento, mas como ele não respondia, a porta foi arrombada e ele encontrado morto.

“Encaminharam o corpo para o necrotério onde seria feita a autópsia. Em um primeiro momento nos disseram que seria feita na segunda-feira feira, dia 18 de julh, e que aproximadamente 3 dias depois o corpo seria liberado para translado. Uma prima minha que mora na Argentina e é médica se propôs a realizar a autópsia no domingo mesmo estando de férias para que agilizasse o processo. Assim foi feito e foi constatado que ele morreu de infarto fulminante”, contou Glauber.

Depois disso, as autoridades argentinas disseram que ele teria que ser repatriado. A família precisou fazer uma vaquinha para arrecadar R$ 45 mil para translado e outros gastos. O governo argentino foi postergando a liberação do corpo e, segundo a família, não há uma justificativa plausível para isso.

“Queremos o direito de trazer meu irmão para casa e dar-lhe um sepultamento digno. Meu irmão era uma pessoa muito querida em todos os círculos. No dia que soubemos que seria preciso aproximadamente 45 mil reais para o translado ficamos desesperados achando que não conseguiríamos trazer ele. As pessoas se juntaram e em menos de 48 horas conseguimos o valor”. Para a família, o Ministério das Relações Internacionais informou que acompanha o caso, mas que não pode interferir no processo argentino. Saulo era de Felixlândia.

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