Concessão é debatida em Sete Lagoas e obras na MG-424 devem ser iniciadas em três meses

Sete Lagoas sediou uma audiência cujo tema foi um projeto aguardado há décadas que pode mudar as perspectivas para o desenvolvimento regional e ainda preservar vidas. A Câmara Municipal recebeu, nesta quarta-feira, 25, representantes do Governo de Minas, prefeitos, secretários municipais, vereadores e o diretor executivo do consórcio que ganhou a concessão da MG-424. Na reunião foram apresentados detalhes do projeto de privatização e debatidas questões de interesse dos municípios.

Este processo foi paralisado em 2018 e sua retomada pelo governo estadual passou pelo diálogo com os municípios afetados e o Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE-MG). A previsão é que mais de R$ 457 milhões sejam investidos em obras e melhorias pelo consórcio PREVICON. “Luto por esta realização desde meu mandato como deputado estadual (2011/2015). Além de integrar de maneira efetiva vários municípios, vai oferecer um corredor moderno de acesso ao aeroporto de Confins. Nesta oportunidade, ainda destacamos situações de Sete Lagoas como os acessos, rotatória e melhoria para a região do bairro Esmeraldas, que margeia a rodovia”, ressaltou o prefeito Duílio de Castro.

Cada município impactado tem características próprias, mas a reunião conquistou o objetivo de levar o debate para sua visão regional. “Esta rodovia corta nosso município em um dos trechos mais críticos, mas neste momento temos que pensar de maneira coletiva”, destacou Zélia Pezzini, prefeita de Matozinhos. O projeto, inclusive, prevê a construção de um contorno nesta cidade e também em Prudente de Morais.

O Governo de Minas já homologou a concessão e considera o debate uma importante ferramenta para atualização da proposta. A ideia é envolver não só a classe política, mas também a sociedade civil organizada neste processo de elaboração da proposta final. “Queremos debater com os municípios esta concessão e construir as melhores soluções. A previsão é que tudo esteja definido para darmos a ordem de serviço deste contrato nos próximos três meses”, explicou Gabriel Fajardo, subsecretário de Transportes e Mobilidade do Estado de Minas Gerais.

O Consórcio PREVICON apresentou um cronograma de intervenções que terá maior intensidade nos seis primeiros anos de concessão. O trecho duplicado de 51 km terá duas praças de pedágios, uma após Prudente de Morais (R$ 4) e outra em São José da Lapa (R$ 3), mas a cobrança só começará a partir de fevereiro ou março de 2024. “Esta é uma concessão de 30 anos. Na primeira etapa vamos fazer a manutenção e conservação da rodovia em um período de nove meses. Em seguida começam as obras mais consideráveis que devem durar seis anos, mas é importante ressaltar que trabalharemos em várias frentes em todo o período do contrato”, detalhou Alberto Salum, CEO do Consórcio PREVICON.

Lideranças políticas acenaram positivamente para o encontro, que demonstrou transparência no processo que tem como pauta uma obra fundamental para o futuro da região. “A Câmara Municipal foi palco de um grande debate estratégico para o futuro de Sete Lagoas e região. Ao longo dos anos, a MG-424 tem sido um empecilho para o crescimento de muitas cidades e agora podemos vislumbrar um futuro promissor com este projeto sonhado por muitos”, disse Caio Valace, presidente da Câmara Municipal de Sete Lagoas.

Entre outras intervenções, o contrato prevê a duplicação de 12,7 quilômetros de rodovia, a construção de 29,6 quilômetros de faixas adicionais, a construção de 10,2 quilômetros de acostamento, 19 melhorias de acessos, duas passarelas, 25 rotatórias alongadas, 6 trevos completos e 32 paradas de ônibus.

Serviço
Também está prevista em contrato a implantação do Sistema de Atendimento ao Usuário (SAU), que funcionará 24 horas por dia, e vai oferecer atendimento médico de emergência, socorro mecânico, combate a incêndios, apreensão de animais na faixa de domínio e sistema de registro de reclamações e sugestões. A expectativa é que sejam gerados 300 empregos diretos durante as obras e outros 250 empregos para operacionalização da concessão.

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