A fábrica da Iveco em Sete Lagoas, Minas Gerais, concedeu férias coletivas a determinadas áreas da unidade de montagem de caminhões, por doze dias a partir do dia 24 de abril. A medida foi tomada devido à desaceleração do mercado de caminhões em função da nova norma de emissões Euro 6. A transição tecnológica para atender às novas exigências de emissões encareceu os produtos em torno de 20% a 30%, em média, o que provocou a antecipação de compras no ano passado.
Este movimento acabou causando impacto sobre os resultados deste início de ano de forma surpreendente: mais de 90% dos 28,6 mil emplacamentos de janeiro a março foram de modelos Euro 5, produzidos até 31 de dezembro. A produção, no trimestre, somou 24,5 mil unidades, queda de 29% na comparação com os primeiros três meses de 2022. E a grande parte deste volume está nos estoques, o que obriga a indústria a tomar medidas para recalibrar suas linhas.
Além da Iveco, a Mercedes-Benz e a Scania também precisaram readequar a produção: ambas encerraram um turno de produção em suas fábricas localizadas em São Bernardo do Campo, SP. A unidade de Sete Lagoas foi a única das fabricantes de caminhão a manter a produção em janeiro, sem conceder férias coletivas.
