Agiota é suspeito de torturar homem por dívida de R$ 1.060 em Uberaba

Imagem ilustrativa de viatura da Polícia Militar — Foto: Videopress Produtora

A Polícia Militar prendeu dois homens, um de 56 anos e outro de 58 anos suspeitos de torturar um homem de 49 na cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro. A vítima tem dívida de R$ 1.060 com um deles, após adquirir “um empréstimo com juros”.

A equipe policial foi acionada por uma testemunha que foi agredida após ver a dupla agredir a vítima e a levar para uma marcenaria. Os suspeitos disseram que matariam o homem e chegaram a ligar uma motosserra, que colocaram em cima da perna da vítima.

Quando as viaturas chegaram ao local, se depararam com a vítima sentada no chão e as mãos acorrentadas com cadeado. Militares ordenaram que a marcenaria fosse aberta. Em contato com a polícia, o homem agredido disse que “é dependente químico, mas isso lhe impede de trabalhar e estudar” e que tem uma dívida de R$ 1.060 com um dos suspeitos.

Ainda segundo o relato da vítima, ela “pega dinheiro emprestado com frequência com esse homem”, que lhe cobra juros. O homem alegou que pegou cerca de R$ 600 emprestados para pagar com 30 dias “e o restante do montante o qual devia são juros cobrados”. Quando o homem deslocava para a escola onde estuda, foi abordado pelo suposto agiota e outro suspeito, que levaram ele para a marcenaria, onde foi agredido com socos na cabeça, teve suas mãos presas por uma corrente com cadeado. Ele ainda levou chutes “e até mesmo vários golpes com uma corrente de metal”.

Durante as agressões, o homem apontado como agiota chegou a afirmar que iria cortar as pernas do “cliente” e que iria matá-lo. Mesmo com a presença policial, a vítima disse estar com medo de represálias, pois mora nas proximidades e precisa passar pelo local todos os dias.

Os autores confirmaram as agressões, mas negaram que tenham usado a motosserra. A chave do cadeado que prendia a corrente nas mãos da vítima sumiu e, por isso, militares precisaram utilizar ferramentas para liberar o homem.

Os suspeitos foram presos pelos crimes de cárcere privado, tortura e lesão corporal. Eles foram encaminhados para a delegacia de plantão.

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