A empresa responsável pelo submarino desaparecido no norte do Oceano Atlântico, a OceanGate, confirmou a morte dos cinco tripulantes que estavam a bordo do Titan. “Lamentamos morte da tripulação”, disse a empresa em comunicado enviado a CNN Internacional, nesta quinta-feira, 22.
As vítimas do acidente são o bilionário britânico Hamish Harding, 58, o empresário paquistanês Shahzada Dawood, 49, e seu filho Suleiman Dawood,19, Paul-Henri Nargeolet, 73, especialista nos destroços do Titanic e mergulhador, e Stockton Rush, 61, CEO da OceanGate Expeditions.
Destroços encontrados
Mais cedo a Guarda Costeira dos Estados Unidos encontrou os destroços do Titan. Partes do submarino estavam a 487 metros de distância da proa do Titanic, a 3.800 metros de profundidade. “Os destroços são consistentes com uma perda catastrófica de pressão do submersível”, disse oficial da Guarda Costeira durante coletiva de imprensa. A hipótese das autoridades é que houve uma “implosão catastrófica” no veículo.
Ao menos cinco partes do submarino foram encontradas incluindo a tampa traseira do submersível, estrutura e parte frontal da estrutura. Os destroços foram encontrados com o auxílio da sonda canadense Horizon Arctic, juntamente com 2 robôs especializados em exploração submarina, que alcançaram a profundidademáxima do Oceano Atlântico dentro da área de busca designada, abrangendo aproximadamente 20 mil metros quadrados.
Entenda o caso
O submarino utilizado para expedições aos destroços do Titanic, que desapareceu, pertence à empresa OceanGate. Os destroços do famoso navio, que afundou em 1912, estão localizados a aproximadamente 600 km da costa do Canadá a 3.800 metros de profundidade.
O veículo desapareceu no domingo, 18. A comunicação com o subersível foi perdidade a 1h45m do início da expedição, mas a empresa só notificou as autoridades sobre o desaparecimento 8 horas depois. As guardas costeiras dos Estados Unidos e do Canadá realizaram operações de busca e resgate com helicópteros, navios e sondas controladas remotamente. Inicialmente temia-se que a tripulação ficasse sem oxigênio já que o submersível tinha capacidade de oxigênio para 96 horas.
A OceanGate cobra US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão) por passageiro para participar de suas expedições e ter a oportunidade de observar os destroços do navio. O submersível levava em média 2,5 horas para chegar ao local dos destroços, que se encontra a uma profundidade de 3.800 metros no Oceano Atlântico.