Técnico de handebol é indiciado por injúria racial após ofender estudante de Sete Lagoas durante competição esportiva

Foto: Divulgação PCMG

O técnico de handebol em Pompéu, Francisco Júnior Corrêa Mota, foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por injúria racial após enviar áudio insultando um estudante de Sete Lagoas durante uma etapa dos Jogos Escolares de Minas Gerais (Jemg).

De acordo com informações obtidas pela polícia, a vítima de 15 anos teria questionado o placar divulgado em um perfil de rede social, assim como a participação de alguns atletas da equipe local, por meio de um aplicativo de mensagens. Em resposta, o técnico do time de handebol de Pompéu proferiu comentários racistas e enviou capturas de tela de contas bancárias para demonstrar seu “poder econômico”.

O inquérito sobre o caso foi concluído no início da semana e será encaminhado à Justiça. Segundo a delegada Letícia Müller, o investigado confessou ter enviado as mensagens, porém negou ter tido a intenção de ofender o adolescente com termos racistas. Entretanto, diante das provas obtidas durante a investigação, ele foi indiciado pela prática do crime de injúria racial.

Quando o caso se tornou público, a Prefeitura e o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir) de Pompéu divulgaram nota repudiando a situação. “Racismo e homofobia são manifestações de intolerância que não têm lugar em nossa sociedade”, afirmaram em comunicado.

O indiciamento do técnico de handebol destaca a importância de combater e denunciar atos racistas e discriminatórios, especialmente em ambientes esportivos que deveriam ser marcados pelo respeito e fair play. As autoridades devem assegurar que os responsáveis por esses comportamentos sejam responsabilizados conforme a legislação vigente para combater efetivamente qualquer forma de intolerância racial.

COMPARTILHAR

SEM COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA