Tremores em Sete Lagoas: em menos de 7 meses, sismógrafos registram 625 eventos; 7 foram naturais

Foto: Divulgação

Em menos de sete meses, 625 eventos foram registrados por estações sismográficas instaladas em Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, mas apenas sete foram naturais.

Os dados estão em um relatório produzido pelo Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UNB) divulgado nesta semana pela prefeitura. Em agosto de 2022, a instituição instalou uma rede sismográfica no município para investigar a ocorrência de tremores.

Segundo o documento, entre 8 de agosto daquele ano e 1º de março de 2023, foram registradas 618 explosões em um raio de 150 km, a maioria em Itabirito, Santa Bárbara, Itabira e Conceição do Mato Dentro, cidades da Região Central de MG com forte atividade minerária. Apenas seis eventos artificiais ocorreram em Sete Lagoas.

Dentre os sete eventos naturais registrados no período, quatro foram na cidade – a maioria, em um raio de até 16 km do centro.

Segundo o relatório, a atividade sísmica de Sete Lagoas “não segue um padrão de enxame sísmico, o que significa que não apresenta uma sequência regular de eventos após um evento principal”.

Ainda de acordo com o documento, embora a cidade seja uma área de baixa sismicidade, “a densidade populacional torna qualquer evento sísmico de baixa magnitude mais impactante”.

“Essa baixa sismicidade não garante que não ocorrerão tremores de maior magnitude no futuro, mas indica que a probabilidade ainda é baixa. Portanto, é de extrema importância que as autoridades locais e os moradores estejam cientes do risco sísmico e estejam preparados para responder a um eventual tremor de maior magnitude, garantindo a segurança da população”.

Segundo a prefeitura, outros oito sismógrafos serão instalados em Sete Lagoas em parceria com a UNB.

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