Emboscada a torcedores do Cruzeiro: polícia prende seis palmeirenses por ataque que matou torcedor de Sete Lagoas

A Polícia Civil de São Paulo prendeu, nesta terça-feira (1º), seis integrantes da torcida organizada Mancha Alviverde, do Palmeiras, suspeitos de envolvimento na emboscada que resultou na morte de José Victor Miranda, de 30 anos, torcedor do Cruzeiro e morador de Sete Lagoas. A ação, batizada de Operação Aguatto 2, foi coordenada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e mobilizou mais de 60 agentes.

No total, foram expedidos dez mandados de prisão – nove temporárias e uma preventiva – além de 12 mandados de busca e apreensão. O ataque ocorreu na madrugada de 27 de outubro de 2024, na altura do km 65 da rodovia Fernão Dias, em Mairiporã (SP), quando um comboio de torcedores do Cruzeiro foi interceptado por membros da Mancha Alviverde. Um dos ônibus foi incendiado, outro depredado, e dezenas de cruzeirenses ficaram feridos.

O crime teria sido motivado por um confronto anterior entre as duas torcidas, ocorrido em setembro de 2022, também na Fernão Dias, só que no trecho mineiro. Na ocasião, o atual presidente da Mancha, Jorge Luis Sampaio Santos, teria sido agredido. Ele está entre os 19 já presos por envolvimento no caso, junto com o vice-presidente Felipe Mattos dos Santos e o advogado da torcida, Luiz Ferretti Junior.

Segundo as investigações, Jorge Luis foi o responsável por planejar e executar o ataque, embora a defesa dele negue a acusação. A direção da Mancha Alviverde também se posicionou, atribuindo o episódio a ações isoladas.

José Victor Miranda, vítima fatal da emboscada, era motoboy, pai de um menino de sete anos e muito querido entre os cruzeirenses de Sete Lagoas. O grupo retornava de Curitiba após acompanhar uma partida entre Cruzeiro e Athletico Paranaense. Já o Palmeiras havia jogado em São Paulo contra o Fortaleza.