A partir de 1º de janeiro de 2024, os consumidores de água da Copasa, em Minas Gerais, enfrentarão um aumento médio de 4,21% em suas contas. A decisão foi tomada durante uma reunião recente da Diretoria Colegiada da Arsae (Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgoto Sanitário). Esse reajuste afetará todas as categorias de consumidores, trazendo um impacto linear nos valores cobrados.
No entanto, há uma mudança notável para os municípios das regiões Norte e Nordeste de Minas Gerais, que são atendidos pela Copanor. Nessas localidades, haverá uma redução média nas contas, com uma revisão tarifária registrando um efeito médio de -7,68%.
Comparado ao reajuste de 15,70% implementado em 2023, este aumento de 4,21% em 2024 é menos expressivo. O reajuste anterior foi justificado com base na inflação acumulada e no aumento das contas de energia, tornando-o substancial para os consumidores.
A votação para esse reajuste acontece em um momento crítico, pois coincide com um considerável aumento no consumo de água, impulsionado pela onda de calor que recentemente atingiu Minas Gerais. A própria Copasa emitiu um alerta, mencionando a possibilidade de escassez de água na capital, Belo Horizonte, e em sua região metropolitana.
Essa situação levanta questões sobre a gestão da demanda e a disponibilidade dos recursos hídricos em face das mudanças climáticas e dos padrões de consumo. É um cenário que reforça a necessidade de uma abordagem mais estratégica na administração dos recursos hídricos, garantindo o abastecimento adequado em tempos de aumento na demanda.
O aumento nas tarifas de água é uma preocupação para muitos consumidores, especialmente quando combinado com condições climáticas extremas que afetam diretamente a disponibilidade desse recurso essencial. Essa realidade reforça a importância de estratégias de conservação e investimentos em infraestrutura para garantir um abastecimento sustentável no futuro.
