Exclusivo: Sete Lagoas enfrenta uma das piores crises climáticas dos últimos 100 anos com queda drástica na umidade do ar

Foto: registrada no alto da Serra de Santa Helena

A cidade de Sete Lagoas está vivenciando a pior situação climática dos últimos 100 anos. Em agosto, a umidade relativa do ar (UR%) atingiu níveis críticos, com registros das menores marcas desde o início do monitoramento, em 1926. A situação preocupa especialistas e moradores, uma vez que, somente nesta quarta-feira (11), os índices de umidade chegaram a 13%. A pior umidade registrada foi de 10% entre os dias 11 e 12 de agosto. 

Segundo dados, desde o início de agosto, apenas sete dias tiveram umidade relativa do ar superior a 30%, enquanto o ideal é que esse valor esteja acima de 60%. A falta de chuva agrava ainda mais o cenário, e não há previsões de precipitação para os próximos 15 dias. 

Além disso, os modelos de previsão de longo prazo indicam um atraso no início da temporada de chuvas, o que pode prolongar a estiagem e intensificar o tempo seco. O fenômeno La Niña, que normalmente contribui para a redução das temperaturas, não deverá ocorrer ou será de baixa intensidade, sem impacto significativo nas condições climáticas da região.

Com essa situação, o clima em Sete Lagoas tende a se agravar ainda mais nas próximas semanas, e as autoridades recomendam atenção redobrada à saúde, principalmente para crianças e idosos, que são mais vulneráveis a problemas respiratórios durante períodos de baixa umidade.

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