Durante a Reunião Ordinária dessa quinta-feira (07), a primeira secretária da Câmara, Marli de Luquinha (PSC), leu a renúncia de Leone Maciel ao cargo de prefeito. A carta foi protocolada no Legislativo pelo secretário Adilson Lustosa, nesta manhã. Após a leitura o presidente Cláudio Caramelo (PRB) declarou a extinção do mandato de Leone e, com a vacância do cargo, o vice, Duílio de Castro, assume o Poder Executivo do Município. O encaminhamento do termo de posse, de acordo com Caramelo, será feito pela secretaria da Câmara em conjunto com a procuradoria do Executivo.
Leone estava com processo de julgamento de cassação em andamento no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG), que envolve chapa eleita em 2016. A decisão sobre os embargos declaratórios, uma das instâncias de defesa, está programada para o próximo dia 11.
Uma reunião aconteceu no gabinete do prefeito com a presença de todo o secretariado municipal, nesta manhã. Em princípio, os únicos cargos exonerados da administração Leone Maciel foram Cristiane Teixeira Maciel, secretária particular do prefeito; Magnus Oliveira, secretário de Saúde; e Victos Dias, secretário de Obras, infraestrutura e Políticas Urbanas. A manutenção dos demais cargos teve por finalidade não desestabilizar a administração, podendo acontecer mudanças nos próximos dias.
Na carta, o agora ex-prefeito, culpa a crise financeira causada pelo governo do Estado como uma das motivações da decisão, que segundo Leone, foi a mais difícil de ser tomada na vida. “Desde que os repasses começaram a ser retidos, todo o planejamento do governo foi inviabilizado”. Leone falou ainda em “calúnias, difamações e até mesmo ataques pessoais diante de um problema criado diretamente pelo governo estadual”.
Em 2016, Leone foi eleito com mais de 50 mil votos para o seu segundo mandato de prefeito. Na Câmara foram duas décadas como vereador, exercendo a função de presidente por dez anos consecutivos.
