Sem acordo para vacina, Minas vai esperar plano federal de imunização

Governo do estado atrela vacinação da população contra o coronavírus ao calendário do Ministério da Saúde. BH arma compra, se necessário

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Enquanto o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anuncia o início da vacinação contra a COVID-19 para 25 de janeiro em idosos e profissionais de saúde, o governo de Minas atrela a imunização no estado à decisão do Ministério da Saúde, que tem emitido sinais não muito claros sobre o tema, segundo especialistas.

Na primeira fase de seus plano, o governo de São Paulo pretende colocar 18 milhões de doses da CoronaVac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, à disposição da população dentro do estado – independentemente da comprovação de residência – e enviar 4 milhões para os entes da Federação interessados. Questionada sobre essa possibilidade de acesso ao imunizante, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que não há, no momento, negociação com o estado vizinho sobre o assunto e disse que acompanha as diretrizes federais. Belo Horizonte também pretende seguir a vacinação nacional, mas tem plano B, para março, caso haja problemas.

A oferta da CoronaVac está condicionada à apresentação dos resultados de eficácia, o que ainda não ocorreu, e ao posterior registro do produto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Butantan promete divulgar os dados de eficácia até 15 de dezembro e entrar com pedido de registro de imediato.

Diante da possibilidade de aquisição da CoronaVac, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) destacou que “qualquer definição acerca da estratégia de vacinação em Minas Gerais funcionará em consonância com o Plano de Contingência para Vacinação Contra a COVID-19, elaborado pela SES-MG, e ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde”. Em nota, a pasta ressaltou que no último domingo (6/12) foi publicado, no Diário Oficial, um extrato de memorando de entendimento entre a Fundação Ezequiel Dias e a Covaxx, iniciativa de 165 países para garantir imunização contra o novo coronavírus. “Trata-se de uma conversa inicial com um dos possíveis parceiros que poderão contribuir com o fornecimento/produção da vacina contra COVID-19 no estado”, diz o texto.


Na semana passada, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, informou que a vacina desenvolvida pela Covaxx segue para a fase 3, o ensaio clínico. Amaral ressaltou, no entanto, que cabe ao Ministério da Saúde incorporá-la caso demonstre eficácia e eficiência. Em setembro, o governo de Minas anunciou investimento de cerca de R$ 30 milhões para o desenvolvimento de estudo clínico, conduzidos pelo laboratório Diagnósticos da América (Dasa) para validar a vacina UB-1612 elaborada pela Covaxx. A previsão é de que o protocolo de testes seja submetido à Anvisa em dezembro.

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