Marcos Vinícius Batista de Souza, 21 anos, um rapaz inhaumense que se tornou piloto de helicóptero habilitado pela ANAC há pouco tempo, compareceu à reunião ordinária da Câmara municipal de Inhaúma no dia 28 de abril de 2016, a partir das 19h30, e ocupou a Tribuna do Povo para fazer agradecimentos. Marcos trabalha como servente de pedreiro desde o início do curso, em 2012, e contou com o incentivo de várias pessoas para fazer o curso de piloto nos fins de semana, sendo aprovado pela Agência Nacional de Aviação Civil e recebendo o brevê de piloto habilitado, ficando apto a pilotar helicópteros da categoria R22.
Portador da licença emitida pela ANAC, podendo atuar como Piloto Privado – PP, já com o código necessário para início de atividades na profissão (o CANAC), Marcos Vinícius começou seu curso em Belo Horizonte, na Minas Helicópteros, depois de aprovado em prova da ANAC realizada no Aeroporto da Pampulha, em 2012. Em uma segunda etapa estudou em Nova Lima, na Frisonfly – FLY, onde concluiu a fase para obter seu “brevet”. Marcos continua trabalhando como servente de pedreiro e aguarda a passagem do período probatório de sua habilitação, com duração de um ano, para ficar apto a pilotar profissionalmente em definitivo.
Ele destaca que obter a licença como piloto foi resultado de esforço próprio e que o sucesso está ao alcance de todos: “Mesmo sendo servente de pedreiro, ou tendo qualquer profissão, todo mundo pode alcançar coisa boa na vida”. Mas não se esquece de quem o incentivou a realizar o sonho de se tornar piloto de helicóptero. Esta foi a motivação que o levou à Câmara com o pedido para ocupar a Tribuna do Povo e manifestar seus agradecimentos por todo o incentivo que recebeu enquanto estudava e praticava cumprindo as horas de voo necessárias para ser licenciado pela ANAC e tirar seu brevê.
Marcos apresentou agradecimentos a todos que o incentivaram durante o curso. Em especial, agradeceu pelo incentivo do vereador Simbrair de Deus Duarte, que o “incentivou e apoiou de todas as formas, o tempo todo”, e ao vereador Rogério Angelino da Silva, que também o “incentivou e apoiou”. Fez ainda um agradecimento especial à prestadora de serviços Marlene Diniz, “que trabalha na Câmara e foi outra pessoa que me apoiou e incentivou o tempo todo”. Marcos manifestou também sua gratidão pelo apoio e incentivo de duas funcionárias da Câmara Municipal: Gabriela Faria Ribeiro e Adriana Alves Moreira.
Em seu depoimento, na Tribuna do Povo, o novo piloto destacou: “Estudei na escola Minas Helicópteros no começo da formação, mas vim a terminar o curso foi na escola Frisonfly, até então uma das maiores do país. Foi na Frisonfly que tirei minha habilitação de piloto. É com pouca disponibilidade financeira, desde 2012, que eu estou nessa jornada, e só agora, exatamente no dia 29/01/2016, foi que fiz o ‘voo de check’ (exame prático de pilotagem), no qual fui aprovado. No entanto, sou Piloto Privado, com 40 horas de voo, mas preciso ainda me tornar piloto comercial, totalizando 100 horas de vôo”.
Marcos continua: “Possuo o certificado de piloto privado de helicóptero concedido pela Frisonfly, escola de aviação civil. Comecei a voar com instrução no helicóptero R22 no dia cinco de março de 2014, mas é muito caro essas horas de voo, pois cada uma custa em média R$ 850,00 e o curso completo de piloto privado totaliza o montante de 40 mil reais. Mas o dinheiro que pago é com o meu trabalho, sou ajudante do meu pai, e com alguma ajuda que recebo. E também tive ajuda da minha tia Vilma, e minha mãe foi quem fez o financiamento em nome dela, e que eu pago até dezembro deste ano”.
Ele reitera que contou com o apoio da família e de incentivos que recebeu: “Muitos que me ajudaram tiveram papel fundamental na minha caminhada. Neste ano de 2016 tive um incentivo do prefeito Zula, ao qual sou muito grato”. Falta a Marcos mais uma etapa de estudos e uma oportunidade para deslanchar na nova carreira: “Trabalho agora experimentalmente, mas preciso de mais uma habilitação para trabalhar em definitivo, que é a de piloto comercial. Mas, com essa crise e o momento ruim no país, não estão contratando mais pilotos. Ao contrário, estão é demitindo muitos pilotos profissionais”.