A Polícia Militar de Minas Gerais informou nessa quarta-feira (15) que não há a possibilidade de paralisação da classe. “Não acreditamos nesse espaço (para paralisação) em Minas”, destacou o major Flávio Santiago, chefe da assessoria de imprensa da corporação. A declaração foi feita em referência à mobilização feita por cinco entidades de classe e três deputados, que nessa terça-feira (14) se reuniram e lançaram uma agenda de ações para cobrar reajuste de 20% dos salários e a volta do pagamento integral no quinto dia útil do mês.
Segundo o major Flávio Santiago, a Polícia Militar mantém canal aberto com a tropa e vem fazendo com que ele seja estendido ao governo do Estado.
Ele ressaltou que o governo busca manter os direitos da corporação, inclusive, com vasta declaração sobre a importância de resguardar a classe militar. “Logo, entende a corporação que não temos espaço para qualquer tipo de paralisação em Minas Gerais ou a aceitabilidade disso pela tropa da policial militar”, destacou.
Apesar disso, por enquanto, está mantida a agenda de mobilizações divulgada pela Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra). A primeira é a convocação de mulheres dos militares para uma reunião nesta sexta-feira (17) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). No Espírito Santo, foram elas quem fecharam batalhões – já que, pela Constituição, eles não podem fazer greve, com pena, inclusive, de prisão.
A programação inclui ainda o lançamento da campanha “A segurança pública de Minas vai parar porque o governo está descumprindo a lei”. O objetivo é obter o apoio da população em caso de paralisação.
A outra ação é uma assembleia da categoria em 7 de março. Se não houver acordo com o governo até lá, haverá greve, segundo o deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT) e o presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra), sargento Marco Antônio Bahia.