Sete Lagoas tem a segunda gruta mais visitada de Minas

Luzes de LED ajudam a iluminar os quatro salões da gruta Rei do Mato

Maior cidade do Circuito Turístico das Grutas, Sete Lagoas, a 67 km de Belo Horizonte, tem a segunda caverna mais visitada de Minas Gerais, atrás apenas da de Maquiné. A gruta do Rei do Mato fica localizada às margens da BR–040, no Monumento Natural Estadual Gruta rei do Mato, unidade de conservação de proteção integral criada em 2009 para proteger o sítio arqueológico, os ecossistemas cársticos e a fauna e a flora locais.

Mas a quantidade de visitantes ainda é pequena, reclama Maria Honorina Pereira Rocha, gestora da unidade de conservação, sob os cuidados do Instituto Estadual de Florestas (IEF). “Temos capacidade de receber 300 pessoas por dia, mas nos meses de pico, junho e julho, cerca de 50 a 60 pessoas por dia visitam a gruta”, afirma.

Maria Honorina credita o número baixo de visitantes – uma média de 2.000 pessoas por ano – à falta de divulgação e de sinalização turística. “Tem placas sinalizando a gruta de Maquiné desde Belo Horizonte, mas não tem da Rei do Mato. Como a Maquiné fica 50 km depois de nossa gruta, o turista passa de carro aqui na porta e não para, porque não tem conhecimento, falta sinalização”, explica.

A Sociedade Brasileira de Espeleologia considera a gruta Rei do Mato uma das 50 maiores de Minas Gerais. São 998 m de extensão, mas apenas 220 m são acessíveis por meio de passarelas com corrimão, guarda-corpo e escadarias, podendo o visitante descer até uma profundidade de até 30 m.

São imensas galerias que impressionam os visitantes por causas das maravilhosas formações de estalactites e estalagmites. Trata-se de uma gruta “viva”, ainda em processo de formação geológica, devido à ação da água. Em quatro dos salões, há pinturas rupestres datadas de até 8.000 anos. A temperatura lá dentro é menor que a externa, mas não é necessário roupa de frio.

Raridade

A infraestrutura da gruta é boa, com lâmpadas frias de LED instaladas no interior para preservar as formações raras. São quatro salões com pinturas rupestres, espeleotemas e formações de estalagmites e estalactites.

No quarto salão, o das Raridades, estão duas colunas paralelas chamadas de “Torres Gêmeas”. Elas possuem 12 m de altura e 25 cm de circunferência. Segundo Maria Honorina, são únicas no mundo, só existindo outra similar em Altamira, na Espanha, com a diferença de que não é tão extensa e não colou no teto.

 

 

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