Policial Militar morto por quadrilha em Pompéu é enterrado

Acompanhada por uma multidão, a solenidade aconteceu no cemitério municipal de Martinho Campos

O enterro do militar aconteceu na cidade de Martinho Campos

Foi enterrado na manhã desta quarta-feira (6) o cabo Osias Alves de Barros, de 33 anos, que morreu durante uma troca de tiros com bandidos que explodiram caixas de uma agência bancária na cidade de Pompéu, na região Central de Minas Gerais. Além dele, um morador que saía do trabalho também foi baleado e morto e um outro policial militar ficou ferido e segue internado no Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII.

De acordo com a Polícia Militar (PM), o cabo foi enterrado com homenagens dos colegas de farda por volta das 9h, no cemitério municipal de Martinho Campos, na região Centro-Oeste do Estado. A cerimônia, com muita emoção, foi acompanhada por uma multidão. Confira um dos vídeos divulgados pela corporação:

De acordo com a Polícia Militar (PM), por volta das 2h, cerca de 10 a 12 criminosos, armados com fuzis e espingardas calibre 12, invadiram a cidade em quatro veículos. Parte dos suspeitos se deslocou para a sede de um pelotão da PM, e o restante seguiu para uma agência do Banco do Brasil da cidade.

Os criminosos colocaram uma corrente no portão para tentar trancar os dois policiais que estavam no pelotão e atiraram várias vezes contra o local, antes de ir embora. Enquanto isso, os demais suspeitos explodiram a agência do Banco do Brasil.

Na hora do tiroteio, Alisson dos Reis Pinheiro, de 22 anos, que passava pelo local de bicicleta ao deixar a lanchonete onde trabalhava, também foi baleado e morreu. Segundo a PM, os criminosos teriam ordenado que o jovem parasse, mas ele acabou correndo e sendo atingido. Segundo familiares do rapaz, ele trabalhava há apenas um mês na lanchonete e havia recebido o primeiro salário nesta semana.Ao perceber a movimentação estranha, o militar morto e um colega que estavam em serviço em uma praça próxima da agência solicitaram apoio aos policiais que estavam no pelotão, que se deslocaram para ajudar. Na praça, houve troca de tiros entre os policiais e os criminosos, quando os dois militares foram baleados. Além de Osias, o cabo Lucas Reis Rosa, de 27 anos, que já estava na praça, ficou gravemente ferido.

“A mãe dele parece que já estava com um pressentimento ruim, porque não estava gostando do trabalho dele nesse serviço, à noite. Mas ele sempre falava: ‘Mãe, deixa eu trabalhar lá só até conseguir coisa melhor’”, contou a tia da vítima, a comerciante Elizabete Aparecida Reis, 47. O irmão do jovem, Adisson dos Reis Pinheiro, disse que ele era brincalhão. “Sempre tentava fazer o melhor para nós”, afirmou. Segundo ele, a família nunca havia sido vítima de violência.

Ainda segundo o coronel, o alvo dos suspeitos foi o cofre da agência bancária, e não os caixas eletrônicos. Ainda não se sabe o que foi levado pelos bandidos. “Eles conseguiram arrebentar o cofre, o que foi levado a gente não sabe, vai ser um trabalho da perícia. Os caixas eletrônicos ficam no primeiro pavimento, e a explosão ocorreu no segundo. Os caixas foram abalados pela explosão”, disse o coronel. Segundo ele, câmeras de segurança registraram o ataque à agência, mas não há imagens da troca de tiros.

PRISÕES

Quatro pessoas foram presas suspeitas suspeitas de envolvimento na troca de tiros que terminou com a morte de um policial e com outro ferido em Pompéu,  na região Central de Minas Gerais, na madrugada desta terça-feira (5).  Segundo a PM, dois suspeitos foram presos em um posto de gasolina de Moema. Eles foram levados para a Delegacia de Polícia Civil de Pompéu, mas a participação dos dois ainda não foi confirmada pela polícia.

Outros dois suspeitos foram presos na parte da tarde em um restaurante em Divinópolis, na região Centro-Oeste do Estado. Eles estavam com um Corolla clonado. Os suspeitos negaram participação nas mortes e disseram que fugiram porque estavam armados. Além dos policiais, um morador da cidade que passava pelo local também foi atingido e morreu.

VIARedação
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