“Meu pai trouxe eles até a casa dele e ofereceu alimento”, disse filha de taxista morto em Sete Lagoas

“Porque tive fome, e me destes de comer, tive sede, e me destes de beber, era forasteiro, e me acolhestes.” Essa passagem da Bíblia no evangelho de Mateus, tão comentada por fazer referência à gratidão do ser humano e principalmente na vontade de fazer o bem ao próximo parece passar longe de dois suspeitos ainda procurados por latrocínio, roubo seguido de morte. A vítima é Florisvaldo Ferreira, taxista, de 67 anos, que morreu com uma facada no pescoço e foi encontrado nesta quarta-feira em uma estrada de terra de Sete Lagoas, na região Central. O idoso teve a carteira, documentos e uma pequena quantia em dinheiro levada pelos autores. 

Testemunhas disseram à polícia que ainda no trecho onde aconteceu o crime, um local conhecido como Silva Xavier, alguém de dentro do carro teria pedido ajuda para empurrar o veículo. O que chamou a atenção foi o fato de que quem pediu manteve os vidros fechados e não saiu do táxi. A principal suspeita cai sobre uma dupla, que disse ser de São Paulo e teve um contato com o taxista no dia anterior. Os dois pegaram uma corrida, disseram não ter dinheiro e Florisvaldo ainda os levou para a casa dele, para um jantar, depois dos dois alegarem estar com fome.

A filha da vítima, que pediu para não ter o nome divulgado, conta como foi  o primeiro contato do pai com os criminosos, ainda na segunda-feira (7). “Meu pai pegou os rapazes na rodoviária,  eles disseram que tinham chegado de São Paulo e que precisava ir na casa de um parente deles. Aí meu pai ficou rodando, eles não sabiam explicar onde era, ninguém conhecia, aí meu pai fez o retorno e voltou com eles para a cidade”, diz.

“Eles disseram que não tinham dinheiro para pagar a passagem e  reclamavam que estavam com muita fome e que não tinham dinheiro, aí meu pai trouxe eles até a casa dele e ofereceu alimento. Eles falaram que iam voltar para a rodoviária, como não tinham lugar pra ficar, aí minha mãe com muito medo pediu pro meu pai não deixar eles ficarem em casa porque eram estranhos”, explica. 

O que se sabe a partir de agora é o que Florisvaldo contou, a partir de uma ligação, para a esposa. “Por volta das 17h, meu pai ligou dizendo que iria levar de novo os dois rapazes, que eles tinham descoberto onde era o endereço da família. Aí meu pai avisou minha mãe, ela pediu pra ele não levar, mas ele falou que ia levar, que tinha combinado”, lamenta. Eles tinham prometido até pagar as duas corridas. 

As 20h, quando a esposa retornou para o marido, o telefone só dava caixa postal.

FONTEItatiaia
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2 COMENTÁRIOS

  1. Que triste! Estou chocada com esse acontecimento. O senhor foi ajudar e infelizmente teve esse fim! Espero que a polícia encontrem esses monstros. Mas tenha certeza que a justiça divina tarda mas não falha!! E que Deus conforte a família neste momento difícil!!!

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