Drama: Casal de Sete Lagoas descobre que filho foi trocado em maternidade após 39 anos

Senhor Firmino e Dona Maria/ Foto Reprodução TV Record

“Um casal de Sete Lagoas, cidade que fica na Região Central de Minas Gerais, a 70 km de Belo Horizonte, vive um drama. Após 39 anos, eles descobriram que criaram o filho de outra pessoa”, este foi o destaque de uma reportagem exibida pela TV Record, neste sábado (09).

O ano era de 1977, o dia 15 de fevereiro, dona Maria e o senhor Firmino, realizavam um sonho, se tornar pais, nascia Richard, o primeiro dos três filhos do casal. Por conta de complicações no parto, dona Maria não viu o bebê assim que ele nasceu, mais tarde naquele dia, senhor Firmino foi até o berçário, conhecer o seu filho, ele muito branco de olhos claros notou que o filho era moreno, mas parecido com a família da mãe, não ouve desconfiança.

Até que as duas filhas mais novas nasceram, brancas e de olhos claros como o pai. Por conta da diferença a família escutava piadas e comentários de mal gosto, mas não se importavam.

Richard quando criança

Richard já tinha 39 anos quando uma pessoa fez um comentário que colocou a fidelidade de dona maria em questão, ela, não gostou. “Eu fiquei chateada, pois ele disse assim, ‘poderia ser seu filho, mas não do Firmino’,” contou dona Maria.

Em 2015 a família decidiu colocar um ponto final nessa história, e fizeram um exame de DNA. A Maria, Firmino e o Richard foram até Belo Horizonte, coletaram o material e voltaram para Sete lagoas tranquilos. Maria até brincou que queria moldurar o exame e coloca-lo, como um quadro, na sala de sua casa, com o intuito de provar a sua fidelidade, para as pessoas que ainda insistiam com a brincadeira.

O resultado saiu depois de 10 dias, mas o inesperado aconteceu, apontou que o Richard não era filho biológico do senhor Firmino, e nem da Dona Maria.

Richard nasceu em uma maternidade em Divinópolis. Com o resultado em mãos, a família foi até a maternidade, mas ela não forneceu para a família os registros das crianças que nasceram no dia 15 de fevereiro de 1977. Foi preciso acionar a justiça para tentar ter acesso aos documentos.

O que seria um ponto final em uma brincadeira, acabou se tornando o inicio de uma nova história

Enquanto aguarda na justiça, a família recorreu nas redes sociais para buscar os nascidos na mesma data e no mesmo local de
Richard. Até hoje, sete pessoas já fizeram o exame de DNA, mas nenhuma foi compatível, a esperança continua.

“Achar a família do meu filho Richard, né, pois ele sempre será meu filho. E achar a família biológica dele, para ele saber que ele tem outros parentes, irmãs talvez, né! E achar o meu filho, para sabe, para saber se ele foi bem cuidado e respeitado, assim como eu cuidei e respeitei o Richard”, conta Dona Maria.

Por fim, dona Maria colocou em uma carta, as palavras que ela gostaria de falar com os pais Biológicos do Richard. “O nosso filho trabalha, é alegre, divertido, tem caráter e ama muito os seus filhos. E o meu filho, vocês cuidaram dele também? É o que eu mais gostaria de saber, beijos da mãe que criou o seu filho, para a mãe que criou o meu.”

A reportagem procurou a maternidade, mas não obteve resposta.

VIARedação
FONTERecord Minas
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