Márcia Santos Maas, 23, atingida com cerca de cinco disparos de arma de fogo na porta de sua casa em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, não resistiu aos ferimentos no peito e no braço direito e caiu morta ainda no corredor do imóvel, onde tentou se esconder do atirador. Antes de morrer, a jovem conseguiu contar à mãe quem a teria matado e apontou a ela o nome do próprio ex-companheiro, um homem de 25 anos com quem permaneceu durante cinco anos antes de terminarem o relacionamento há dois meses.
O crime aconteceu nesse domingo (29), no bairro Residencial Visão, em Lagoa Santa, e vizinhos à casa onde a jovem morava contaram à polícia que, após efetuar os disparos, o suspeito fugiu do lugar em um carro Fiat Uno Mille da cor vermelha. Até a publicação desta matéria, o homem ainda não tinha sido encontrado. Ele e a ex-companheira, Márcia, eram naturais do Espírito Santo, mas moravam em Minas Gerais há algum tempo.
A mãe de Márcia foi a última pessoa a encontrar a filha ainda com vida. Quando os militares chegaram à residência, encontraram o corpo da jovem caído em um dos corredores internos do imóvel, já sem quaisquer sinais vitais.
Aos agentes, a mulher de 54 anos contou que sua filha recebia ameaças de morte feitas pelo ex-companheiro desde o término do relacionamento, assim como ela própria era ameaçada pelo ex-genro. Assim, para tranquilizar a filha, a mulher decidiu ir para a casa dela, onde passaram o Natal juntas na última quarta-feira (25).
Nesse domingo (29), mãe e filha escutaram sons de carro passando pela rua ao longo de toda manhã e início de tarde, além de buzinas na frente do portão. Algum tempo depois dos chamados sonoros, Márcia ouviu seu nome sendo gritado na porta e decidiu ir até lá atender.
Segundos depois da filha abrir o portão, a mãe dela ouviu inúmeros sons de disparo e encontrou Márcia tentando escapar, correndo para dentro de casa e sangrando bastante. A jovem caiu no chão e ao tentar socorrê-la, a mãe perguntou quem teria feito aquilo com ela, ao que a filha respondeu apontando o nome de seu próprio ex-companheiro. Em seguida, ela não resistiu aos ferimentos e morreu ali mesmo.
Envolvimento com o crime
Além de ser suspeito de assassinar a jovem, o ex-companheiro também é apontado pela mãe dela como suspeito de cometer crimes de falsificação. No quarto da mulher assassinada, policiais encontraram cédulas de identidade em branco, cartões de crédito e débito em nome de terceiros em branco, equipamentos para marcação de documentos, computadores e celulares. Segundo a ex-sogra do suspeito, sua filha nunca o denunciou por temer que ele a matasse.