Em meio à paralisação das forças de Segurança Pública em Minas Gerais, presos começaram um motim no Ceresp de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, nesta noite de sexta-feira (25). Detentos incendiaram colchões. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) confirmou a revolta da população carcerária da unidade, mas declarou que a situação já está controlada.
O motim acontece às vésperas do dia de visitas na penitenciária. Contudo, o encontro entre famílias e presos não deve acontecer; isto, pois, na última segunda-feira (21), o sindicato que representa os policiais penais declarou que o banho de sol e as visitas estariam suspensos neste fim de semana em decorrência da greve da segurança pública. A categoria pede recomposição salarial.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por outro lado, ordenou a interrupção da greve. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recomendou também nesta sexta-feira (25) que os presídios voltem a funcionar normalmente. O sindicato, por sua vez, nega que está em greve e declarou que segue a legalidade e que os serviços estão comprometidos devido o baixo efetivo de policiais penais.
A reportagem indagou a Sejusp sobre a atual situação na unidade. Leia na íntegra o que o disse o órgão de segurança:
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O Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG) informa que presos do Ceresp Betim atearam fogo em pedaços de colchões e jogaram nos corredores de uma das galerias da unidade prisional.
Policiais Penais agiram prontamente e controlaram as chamas. Fato ocorreu no início da noite desta sexta-feira (25/2). O Comando de Operações Especiais foi acionado e a situação na unidade já foi controlada. A unidade abrirá um Procedimento Administrativo para apurar as causas e os atores envolvidos na ação.